O projecto de investigação do MIA-Portugal – Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento, liderado pela Universidade de Coimbra (UC), sobre o impacto de disfunções celulares no envelhecimento ganhou cerca de 250 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
A investigação, liderada pelo investigador Nuno Raimundo, tem como objectivo desvendar o papel desempenhado pela comunicação entre duas estruturas das células (mitocôndria e lisossomas) nas patologias associadas ao envelhecimento. O projecto, intitulado «Comunicação mitocôndrias-lisossomas como promotora de patologia de envelhecimento», propõe-se estudar o papel desempenhado pela comunicação entre os dois organelos e assim definir novas estratégias e alvos terapêuticos, com efeitos no envelhecimento e doenças associadas.
A equipa do MIA-Portugal, composta por seis investigadores, conta com o financiamento da FCT para três anos de trabalho. Para Nuno Raimundo, o apoio financeiro alcançado “reconhece a importância da investigação do processo de envelhecimento ao nível celular e abre portas a novas abordagens terapêuticas”.
O Instituto conquistou também financiamento da FCT, cerca de 50 mil euros, para um projecto exploratório, liderado pelo investigador Pedro Dionísio. O objectivo deste projecto é esclarecer como os contactos entre mitocôndrias e retículo endoplasmático (dois organelos celulares) influenciam e são influenciados pelo metabolismo regulado pela cinase AMPK (proteína quinase activada por AMP). A elucidação do funcionamento destes mecanismos poderá revelar novos alvos terapêuticos importantes para doenças associadas ao envelhecimento, como doenças neurodegenerativas e diabetes tipo II.
(Foto: Nuno Raimundo)
Fonte: Campeão das Províncias
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