O CDS de Coimbra questionou o seu parceiro PSD, de coligação na Câmara, se mantém a confiança política na vereadora Paula Pêgo, que passou a integrar a Administração da Metro Mondego.
Lúcia Santos, presidente da Comissão Política Concelhia de Coimbra do CDS/PP “repudia veementemente” aquela atitude e considera que “o ímpeto socialista é tal que esgota os seus quadros e vê-se na circunstância de ter que recorrer ao PSD”.
“Desde já informamos que se chegar ao CDS, recusaremos qualquer proposta de alienação da nossa dignidade cívica e política”, refere Lúcia Santos.
A líder concelhia do CDS diz que o partido “assiste com estupefacção ao assalto que o Partido Socialista está a fazer a entidades públicas, concretamente a entidades em Coimbra e mais especificamente à Metro Mondego”.
“A estupefacção sobe para indignação quando percebemos que esta atitude deplorável do PS, mas não inesperada, é acompanhada por uma sofreguidão e avidez que não vê limites, os limites da ética, de alguém que, tendo sido indicada pelo Partido Social Democrata, foi eleita pela coligação Mais Coimbra, de que o CDS orgulhosamente fez parte”, considera Lúcia Santos.
Refia-se que, ontem, o PSD de Coimbra considerou que o afastamento de João Rebelo e da sua equipa executiva da Metro Mondego “é uma péssima notícia” e entende que o novo Conselho de Administração corresponde “a um negócio político de colonização das entidades públicas pelo PS”.
Na tomada de posição, assinada pelo líder concelhio, Nuno Freitas, o PSD tece críticas a Paula Pêgo, vereadora social-democrata da Câmara de Coimbra, por ter aceite integrar (vogal não executiva) o Conselho de Administração da Metro Mondego.
No texto, sem referir o nome da jurista na empresa municipal Águas de Coimbra, Nuno Freitas diz que “o PSD afasta-se totalmente desta nomeação e repudia o oportunismo pessoal chocante de quem aceitou colaborar neste negócio político”.
Para o PSD, a anterior equipa, constituída por João Rebelo, Leonel Serra e Carlos Ferreira, foi responsável por “redefinir a estratégia global com a solução Metrobus, resolvendo todos os problemas técnicos, burocráticos e financeiros que permitiram relançar o projecto de forma sustentável e credível perante as instâncias nacionais e internacionais”.
Segundo o PSD de Coimbra, “os três trabalhos finais que estavam em curso “ficarão em risco com a equipa frágil e impreparada que agora assume funções”, liderada pelo engenheiro João Marrana, ex-administrador delegado dos Transportes Intermodais do Porto.
Jornal Campeão das Províncias
Todos os direitos reservados Grupo Media Centro
Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D Eiras - Coimbra 3020-430 Coimbra
Powered by Digital RM