O presidente da Câmara de Condeixa vai pedir a intervenção da tutela face ao “chumbo” do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT), agora conhecido, ao projecto daquela autarquia de transformar o degradado edifício da antiga fábrica Cerâmica de Conímbriga num centro de desenvolvimento cerâmico/´hub´ de indústrias criativas, por este alterar o tipo de uso daquele espaço.
“Temos um projecto aprovado e financiado por fundos comunitários no valor de um milhão de euros, no âmbito do PARU (Plano de Acção de Regeneração Urbana) e estamos muito incomodados com o parecer negativo que nos chegou do IMTT, parecer obrigatório por a antiga fábrica estar próxima do IC2, na Faia”, refere Nuno Moita, adiantando que já solicitou audiências ao presidente do referido instituto e ao ministro que o tutela, numa tentativa de reverter a situação e à espera que “o bom senso impere sobre a burocracia”.
O autarca regista que “por um lado temos o país com fundos comunitários para reabilitar os edifícios que estão abandonados, que é o caso daquele há mais de 20 anos, e por outro lado temos a burocracia que impera e dá pareceres deste tipo, por institutos que estão em Lisboa e não conhecem a realidade”, critica.
Nuno Moita receia perder o financiamento alocado ao projecto Condeixa Criativa, teme pela ruína do edifício, “com perigo para toda a gente”, e contesta o argumento da mudança de uso. “Era uma fábrica de cerâmica e agora queremos passá-la a um centro de desenvolvimento cerâmico, onde pretendemos mostrar e preservar a nossa tradição da pintura à mão da cerâmica”, frisa o edil.
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