A Câmara de Coimbra aprovou esta segunda-feira a actualização do tarifário de resíduos urbanos em Coimbra para 2024, que vai aumentar cerca de 47%, representando um acréscimo de 2,5 euros na factura mensal de água do consumo médio do concelho.
A proposta de actualização foi aprovada com os votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra, abstenção do PS e voto contra da CDU.
O vereador eleito pela CDU Francisco Queirós considerou que o aumento global de 47% para um consumo médio de até 10 metros cúbicos, apesar de apenas representar cerca de 2,5 euros a mais, “faz a diferença”, num contexto de inflação.
“Se fosse o único aumento, mas junta-se ao aumento da luz, dos bens de consumo”, notou o vereador, vincando que a o acesso “à água e saneamento é um direito humano fundamental”.
Na resposta, o vereador com a pasta do ambiente Carlos Lopes pediu a Francisco Queirós uma “alternativa para esta situação”.
“Este valor segue uma recomendação da ERSAR [Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos], influenciada pelos constantes aumentos do Governo do PS”, disse, vincando que o aumento não resulta de “uma vontade política”, mas de uma “quase obrigação” para manter um equilíbrio “entre receita e despesa”.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, realçou que a ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro aumentou em cerca de 53% a tarifa cobrada às autarquias e que essa mesma actualização levou os municípios a avançar com uma providência cautelar, que acabou por não ser aceite.
“Estes aumentos são uma realidade. No passado, a Câmara assumiu parte destes custos, o que teve um impacto no orçamento, mas não está em condições de continuar a assumi-lo”, salientou José Manuel Silva, recordando também que a tarifa social não sofre qualquer actualização.
Fonte: Campeão das Províncias
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