O movimento nos portos em Portugal continental diminuiu 7,1% nos primeiros dez meses deste ano, para 67,79 milhões de toneladas, na comparação com igual período do ano passado, revelou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
Este desempenho é explicado pelo comportamento negativo da maioria dos portos à excepção da Figueira da Foz e Faro, que denotaram um acréscimo no volume movimentado de 2,6% e 46,5%, respectivamente, explica a AMT.
E prossegue: “Lisboa e Leixões são os portos que apresentam maiores quebras, na casa de -2 milhões de toneladas, seguindo-se Aveiro, Sines e Setúbal”.
Segundo a AMT, o desempenho dos portos até Outubro é também explicado pela suspensão da importação de carvão mineral desembarcado em Sines, para as centrais termoelétricas de Sines e do Pego, cuja produção no período em análise denotou uma queda de 72,1% em termos homólogos.
Além do carvão, também os produtos petrolíferos, outros granéis sólidos, carga fraccionada e produtos agrícolas registaram quedas homólogas de, respectivamente, 1,8 milhões de toneladas, 565,4 mil toneladas, 403,2 mil toneladas e de 352,2 mil toneladas.
A contrariar as quedas estiveram os mercados de carga contentorizada e de minérios, com movimentos de mais 667,5 mil toneladas e 110,8 mil toneladas, respetivamente, sendo o porto de Sines se destacou em termos de carga contentorizada.
O desempenho positivo dos portos de Setúbal e Leixões conseguiu anular as quedas registadas no porto de Lisboa, tendo também contribuído, mas numa dimensão menos significativa o porto da Figueira da Foz, sendo que no caso de Lisboa “não é alheia a instabilidade laboral por efeito de pré-avisos de greve dos trabalhadores portuários que têm ocorrido com frequência”, explica a AMT.
O porto de Sines aumentou ainda que ligeiramente a liderança em Outubro ao nível da carga movimentada, representando agora 50,9% do total dos portos no continente português, além de se destacar no segmento de contentores com uma quota de 57,3%.
Apesar representar 50,9% da carga total movimentada ainda está a 3,5 pontos percentuais do seu máximo registado em 2016, lê-se no documento.
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