Hoje, os Núcleos Regionais do Centro e do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e a FUJIFILM PORTUGAL S.A. apresentaram, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, o projecto “A Inteligência Artificial no Rastreio do Cancro da Mama”. Durante a cerimónia, foi assinado um protocolo de colaboração entre as instituições envolvidas. A sessão, que decorreu entre as 11h00 e as 13h00, serviu também para apresentar o novo equipamento de mamografia da FUJIFILM, o Amulet Sophinity, já instalado numa Unidade Móvel de Rastreio de Cancro de Mama. Este dispositivo promete oferecer imagens de alta resolução com baixas doses de radiação, além de um fluxo de trabalho optimizado através da tecnologia de Inteligência Artificial (IA).
O evento contou com a presença de Vítor Veloso, presidente da Direcção do Núcleo Regional do Norte da LPCC, que trouxe à discussão o papel histórico da Liga na luta contra o cancro. Vítor Rodrigues, presidente da Direcção do Núcleo Regional do Centro da LPCC, apresentou alguns resultados preliminares do projecto de investigação que explora o uso da IA no rastreio do cancro da mama. Pedro Mesquita, director-geral da FUJIFILM Portugal e Espanha, também esteve presente e destacou a importância desta colaboração.
A cerimónia contou ainda com a presença de Teiichi Goto, presidente, director e CEO da FUJIFILM Holdings Corporation, além de vários dirigentes e representantes de entidades relevantes na área da Saúde.
Desde o seu início em 1986, o Programa de Rastreio de Cancro da Mama na região Centro tem sido uma âncora fundamental na detecção precoce e no tratamento eficaz desta doença. O Programa, que teve origem como um projeto-piloto, tornou-se parte integrante da rede de projectos europeus em 1990, expandindo-se desde então para abranger todo o país. Segundo Vítor Rodrigues, o Programa realiza aproximadamente 100.000 mamografias anuais, abrangendo mulheres dos 50 aos 69 anos de idade, de dois em dois anos. A sua abordagem inclui uma dupla leitura das imagens e encaminhamento prioritário para instituições especializadas em caso de necessidade, como o IPO, CHUC e o Hospital de Tondela-Viseu. Ao longo dos anos, tem sido eficaz na detecção de cancros em estágios iniciais, muitas vezes com mínima ou nenhuma disseminação para os gânglios linfáticos.
Com o avanço da Inteligência Artificial (IA), surgiu a necessidade de explorar o seu potencial no aprimoramento deste programa de saúde pública. “Desde o 2.º semestre de 2023, estão a analisar-se centenas de milhar de mamografias, com todo o percurso radiológico e clínico completo, de modo a estudar se a IA poderia ter contribuído para um melhor estudo delas, com resultados muito positivos e semelhantes à da qualidade dos radiologistas”, afirma Vítor Rodrigues, presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Fonte: Campeão das Províncias
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