O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Tondela (CHTV) assegurou esta terça-feira (07 de Novembro) à presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, que as urgências do Hospital de Cândido de Figueiredo manterão o seu funcionamento normal, apesar da crise que afecta o sector da saúde.
A garantia foi manifestada numa reunião realizada ao final da manhã no CHTV a pedido da presidente da autarca de Tondela. O encontro juntou a administração do hospital, Carla Antunes Borges, os vereadores João Carlos Figueiredo e Francisco Fonseca e representantes das corporações de bombeiros do concelho.
“Saio desta reunião um bocadinho mais tranquila pelo facto de nos terem garantido que as urgências de Tondela não iriam ficar afectadas e que não iriam ser alvo de um plano de contingência como está a acontecer com o serviço de urgências do Hospital de Viseu”, afirma.
“Vamos aguardar serenamente pela evolução dos acontecimentos porque, como também ficou claro na reunião, o que está a acontecer nas urgências é um acontecimento sistémico, transversal às várias unidades hospitalares do país. As urgências de Tondela apesar de funcionarem com médicos prestadores de serviços não estão afectadas por enquanto, vamos aguardar, acreditando que assim seja”, acrescenta.
Ainda que aliviada em relação ao Hospital de Tondela, Carla Antunes Borges, na reunião de hoje, não escondeu a apreensão face ao Hospital de Viseu, cujas urgências nas especialidades de cirurgia geral e ortopedia estão encerradas durante a noite este mês de Novembro. Também a Via Verde Coronária estará fechada durante 12 dias.
“Manifestámos a nossa preocupação pela maneira com que as urgências de Viseu estão a funcionar, com um plano de contingência activado, apesar de até ao momento não se terem registado situações de maior gravidade, mas isso não significa que elas não possam acontecer”, alerta.
“É também preocupante o facto de os doentes terem de ser transportados pelo IP3 para Coimbra, que fica a uma hora de distância de Tondela”, salienta.
Além do funcionamento das urgências na reunião foram discutidas as dívidas do hospital aos Bombeiros de Tondela e do Vale de Besteiros relativas ao transporte de doentes e que rondam os 100 mil euros.
A administração do CHTV pediu desculpa às corporações pelos pagamentos em atraso e comprometeu-se a saldar as dívidas, garantindo que em causa não estão problemas de tesouraria.
“Houve um compromisso de regularizar a situação de uma forma breve e célere o que nos deixou satisfeitos porque estas associações humanitárias não podem ser o albergue de uma gestão financeira que não acontece. Não se compreende que o hospital tenha dívidas registadas há mais de um ano. Se queremos ser pessoas de boas contas temos que fazer pagamentos atempadamente”, defende Carla Antunes Borges.
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