COIMBRA,10 de Setembro de 2024

Utentes de Miranda do Corvo denunciam constrangimentos no serviço do Saúde

8 de Outubro 2019 Rádio Regional do Centro: Utentes de Miranda do Corvo denunciam constrangimentos no serviço do Saúde

O Movimento de Utentes do Centro de Saúde de Miranda do Corvo, denunciou hoje a falta de assistentes operacionais nos serviços em funcionamento no concelho, considerando que a situação prejudica os cuidados prestados.

“Neste momento, é o caos na Unidade de Saúde Familiar, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (Extensão de Semide) e na Unidade de Cuidados Continuados, com apenas um assistente operacional para dar apoio a estes três serviços”, disse à agência Lusa Rui Fernandes, daquele movimento.

Segundo adiantou, três assistentes operacionais estão de baixa médica devido a uma situação de ‘burnout’ (síndrome de exaustão profissional), porque foram obrigados a trabalho contíguo e não os deixaram tirar férias”.

A falta de assistentes operacionais, acrescenta Rui Fernandes, levou à suspensão dos serviços de enfermagem ao domicílio e tem também implicações na limpeza dos espaços.

O pessoal da limpeza, afecto a uma empresa contratada, presta serviço diariamente das 12:00 às 14:00 e das 16:00 às 20:00, mas fora da sala de tratamento, que era uma função dos assistentes operacionais.

“Devido há falta de assistentes, não existe quem limpe a sala de tratamento, nem despeje o lixo contaminado, colocando em causa a segurança dos próprios utentes”, frisou Rui Fernandes.

O Movimento de Utentes do Centro de Saúde de Miranda do Corvo denunciou também a inexistência de telefonista há mais de um ano, provocando muitos constrangimentos aos utentes.

“Se o funcionário administrativo tiver disponibilidade, atende o telefone, caso contrário ninguém atende o utente”, sublinhou Rui Fernandes, que considera ainda “surreal” que o serviço de segurança contratado só funcione das 18:30 às 20:00.

O movimento “manifesta a sua preocupação” pela situação e vai solicitar uma reunião à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) para reivindicar uma solução para um “problema que tem tempo mais do que suficiente para estar resolvido”.

Agência Lusa

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