A sétima edição do ciclo de música Orphika, organizado pela Universidade de Coimbra (UC), vai levar mais de 30 concertos e eventos a 15 espaços da cidade, entre 8 de Novembro e 8 de Dezembro, transformando Coimbra num verdadeiro palco musical.
O programa, apresentado esta manhã no Colégio das Artes, foi descrito pelo vice-Reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Leão, como “bastante amplo”, reflectindo a ideia de que “a cidade é um palco”.
A edição deste ano conta com 20 parceiros, que dinamizam tanto actividades próprias como colaborativas, abrangendo uma grande diversidade de géneros musicais. A música erudita marca forte presença com 12 concertos, a par de propostas de música tradicional e popular (seis), ‘world music’ (três), contemporânea e experimental (cinco), bem como coral, sacra e infantil/familiar.
O ciclo arranca no sábado, 8 de Novembro, com o musical infantil “Voz do Amor”, no Teatro da Cerca de São Bernardo. No mesmo dia, o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) acolhe o espectáculo “100 anos de Carlos Paredes”, que presta homenagem ao guitarrista português através da fusão entre teatro, música e projecção documental.
Entre os destaques da programação figura o foto-concerto marcado para 13 de Novembro, no Jardim Botânico da UC, que combinará projecções de fotografias em grandes dimensões com música interpretada ao vivo. Já no Ateliê a Fábrica, a 15 de Novembro, celebra-se o 30.º aniversário do projecto The Grauº com um concerto de rock e música alternativa.
No dia 22 de Novembro, o Planetário do Observatório Geofísico e Astronómico da UC recebe a palestra-concerto “(En)cantos Cósmicos”, que mistura explicações científicas com música, incluindo pela primeira vez a canção de Coimbra a acompanhar as peças de música erudita, revelou João Fernandes, coordenador do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC.
O espectáculo “Poesia Lusófona”, no TAGV a 29 de Novembro, homenageia poetas de língua portuguesa como Duo Ouro Negro, Pixinguinha, Alexandre O’Neill, Florbela Espanca, Manuel Alegre e Fernando Pessoa, assinalando também os 50 anos da independência de vários países lusófonos.
O concerto de encerramento, a 8 de Dezembro, traz ao palco do TAGV o espectáculo “O Coro das Vontades”, uma criação de música experimental que reúne quase 40 participantes. Segundo Catarina Pires, directora da Associação Há Baixa, o projecto “dá voz às vontades de uma comunidade”, incluindo um grupo de crianças surdas, cujas histórias são contadas através da dança e da Língua Gestual Portuguesa.
A maioria dos concertos do Orphika 2024 tem entrada gratuita, sublinhou Delfim Leão, que destacou ainda o crescimento significativo do público das iniciativas culturais promovidas pela UC. “O número de espectadores passou de cerca de 60 mil para 180 mil em 2024”, afirmou, acrescentando que este aumento de 300% se deve à estratégia de cooperação com outras entidades da cidade e da região.
Com esta nova edição, o Orphika reafirma-se como um dos principais ciclos de música de Coimbra, promovendo a diversidade artística, o envolvimento comunitário e a valorização cultural do património urbano.
Fonte: Campeão das Províncias
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