O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, garantiu, hoje (22), que não vai executar o projecto aprovado pelo anterior executivo para o Complexo Piscina de Mar, que previa um hotel de 49 quartos e um novo edifício. No final da sessão de Câmara, anunciou que “o projecto não vai avançar”, reforçando que “está fora de questão” e que é um assunto a seguir para a próxima sessão para análise.
Segundo o autarca, o promotor tinha 90 dias para levantar o alvará de construção após a assinatura do contrato e não o fez, pelo que a autarquia “está em condições de resolver o contrato” assinado há cerca de um ano.
O Complexo Piscina de Mar, situado na marginal fronteira à praia, é um dos conjuntos arquitectónicos emblemáticos da cidade – classificado como Imóvel de Interesse Público – que está fechado há vários anos.
O projecto de requalificação aprovado pelo anterior executivo municipal previa um hotel de 49 quartos na antiga estalagem anexa à piscina e um novo edifício lateral, que se estendia por cima de água. Para Santana Lopes, o projecto “não tem pés nem cabeça” e, se houver possibilidade, deverá ser “aumentada a área de piscina”, reiterando que “diminuí-la é que nunca e não autorizo nada que retire mais área à piscina”.
Anteriormente designada por Piscina-Praia, e conhecida localmente como Piscina do Grande Hotel, embora nunca tenha feito parte deste, foi projectada na década de 1950 pelo arquitecto Isaías Cardoso. A piscina, e a estalagem com 13 quartos que lhe foi anexada na década de 1960, funcionou com acesso público até finais da década de 1980, tendo ficado célebre pelas suas dimensões, com 33 metros de comprimento, e pela prancha de saltos de cinco e dez metros que, segundo Santana Lopes, devia ser novamente instalada. Por fim, o edifício da estalagem está ao abandono há mais de duas décadas.
Fonte: Campeão das Províncias
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