A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) apelou hoje a uma maior celeridade na elaboração dos projectos do Corredor Atlântico, uma reivindicação antiga das regiões Centro de Portugal e Castela e Leão, em Espanha.
“Existe uma intenção inscrita em todos os planos possíveis e imaginários, mas nós queremos que se passe do plano para a realização prática. Portanto, acelerar a realização de projectos, para depois termos efectivamente obra”, disse Isabel Damasceno.
A presidente da CCDRC falava à agência Lusa, no Porto de Aveiro, à margem da cerimónia de assinatura de uma declaração conjunta entre as regiões do Centro de Portugal e da Castela e Leão, em defesa do Corredor Atlântico.
Para a presidente da CCDRC, esta declaração conjunta “vem reforçar esta reivindicação antiga e justa que estas duas regiões têm” e que constitui um “meio de desenvolvimento”.
“Não há dúvida nenhuma de que as discussões que tiveram hoje lugar vêm confirmar que isto é uma infra-estrutura essencial para o desenvolvimento das duas regiões, no aspecto económico, social, da competitividade, da investigação”, afirmou.
Na mesma ocasião, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, também defendeu que é preciso “deitar mão à obra”, adiantando que “não se pode andar com um processo desta natureza e depois não se passar nada”.
“Aos documentos que levaram horas de trabalho, de análise, de preparação, tem de se seguir a obra. Acho que já não precisamos de mais nada para decidir”, afirmou.
Na declaração conjunta, os presidentes das duas regiões comprometem-se a instar os Governos de Portugal e de Espanha a promover o transporte ferroviário no Corredor Atlântico, destacando a importância estratégica desta ligação para contribuir para o desenvolvimento económico, social e ambiental destas regiões.
O documento prevê ainda que as estratégias logísticas do Centro de Portugal e de Castela e Leão tenham em conta o impacto do desenvolvimento do Corredor Atlântico nas duas regiões, promovendo a assinatura de novos acordos entre plataformas logísticas e portos e acordos entre empresas de transporte e carregadores.
A declaração conjunta foi assinada no final do VI Conselho Plenário da Comunidade de Trabalho Transfronteiriça do Centro de Portugal – Castela e Leão (CENCYL), que decorreu hoje no Porto de Aveiro, contando com a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
O Corredor Atlântico foi a principal temática do encontro, tendo presente a importância geoestratégica deste eixo para as duas regiões e a discussão em curso sobre estas matérias quer em Portugal, quer em Espanha, quer ao nível europeu.
Segundo a CCDRC, este Corredor “tem uma importância fulcral no acesso de Portugal à Europa por via terrestre, nomeadamente no transporte de mercadorias, mas também de pessoas”.
“As regiões Centro e Castela e Leão têm vindo a trabalhar em conjunto no sentido de valorizar economicamente o que consideram um activo comum fundamental, que liga as duas regiões, desde os portos de Aveiro e da Figueira da Foz até à fronteira franco-espanhola (Irún)”, refere a CCDRC.
Fonte: Campeão das Províncias
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