COIMBRA,18 de Fevereiro de 2025

Projecto liderado por investigadora da ESTESC- IPC/H&TRC é aprovado para financiamento

21 de Outubro 2024 Rádio Regional do Centro: Projecto liderado por investigadora da ESTESC- IPC/H&TRC é aprovado para financiamento

Foto: Nádia Osório, Ana Paula Fonseca, Diana Lima e Carla Patrícia Silva

O projecto “FotoCATálise SOLar usando fotossensibilizadores magnéticos: uma abordagem sustentável para a eliminação de antibióticos de águas residuais” foi aprovado para financiamento, de mais de 40 000,00€, no âmbito do concurso de Projectos Exploratórios em Todos os Domínios Científicos 2023 da FCT. Este concurso destina-se a promover ideias inovadoras através do apoio a projectos de investigação de carácter exploratório em todos os domínios científico.

O plano de investigação submetido, e aprovado, foca-se no desenvolvimento de uma estratégia de tratamento de água considerada sustentável, onde o principal resultado esperado é o desenvolvimento de fotocatalisadores magnéticos à base de carbono, como os carbon quantum dots (CQDs), sozinhos ou acoplados a materiais semicondutores, para a remoção eficiente de antibióticos de efluentes por fotodegradação usando a radiação solar. Isso contribuirá, não só para o avanço das tecnologias de tratamento de água, mas também para mitigar a propagação da resistência antimicrobiana e preservar a qualidade do ambiente aquático.

De acordo com a investigadora principal, Diana Lima (ESTESC-IPC/H&TRC), “este projecto está devidamente alinhado com os objetivos da Agenda 2030, nomeadamente o objetivo 3: Boa Saúde e Bem-estar e o objectivo 6: Água Potável e Saneamento. Além disso, o plano de investigação está integrado numa instituição que tem por missão desenvolver investigação internacional de referência nas ciências ambientais e da saúde”.

A equipa do projecto é multidisciplinar, fazendo parte da equipa de investigação as investigadoras Diana Lima – investigadora principal (ESTESC-IPC/H&TRC), Ana Paula Fonseca (ESTESC-IPC/H&TRC), Carla Patrícia Silva (ESTESC-IPC/H&TRC), Nádia Osório (ESTESC-IPC/H&TRC), Marta Otero (Universidade de León) e Vânia Calisto (UA/CESAM).

RESUMO: A escassez de água e as secas emergiram como um grande desafio em todo o mundo e serão, provavelmente, mais graves e frequentes no futuro devido às mudanças climáticas e ao aumento da população. Uma das principais causas do stress hídrico é a captação excessiva de água, sendo a irrigação e a necessidade doméstica os principais responsáveis. Uma fonte alternativa de água será a utilização de efluentes tratados. De facto, a reutilização de água é já praticada com sucesso em alguns Estados Membros da União Europeia, embora esta prática esteja muito abaixo de seu potencial. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece a poluição da água como um problema prioritário e tem como objectivo influenciar futuras políticas e estratégias para garantir o controle da qualidade da água, com ênfase principal na redução da descarga de produtos químicos e materiais perigosos para o meio ambiente. A ocorrência de fármacos no ambiente contribui para danos ambientais e efeitos nocivos nos ecossistemas e na saúde humana. Além disso, as preocupações com as consequências da libertação de antibióticos no ambiente levaram a Organização Mundial da Saúde a alertar que novos mecanismos de resistência estão a “tornar a última geração de antibióticos praticamente ineficazes”, destacando a importância de impedir a sua descarga. Logo, efluentes de águas residuais contaminados com antibióticos devem ser tratados antes de serem reutilizados ou descartados no ambiente natural, evitando-se o aumento da resistência antimicrobiana (RAM) – um dos principais problemas de saúde pública do século XXI. A maioria dos antibióticos é fotoativa e pode fotodegradar em águas naturais após absorção da radiação solar ou reação com espécies reativas de oxigénio, geradas por fotossensibilizadores. Assim, sob condições controladas, fotossensibilizadores sintéticos (fotocatalisadores), podem ser usados para aumentar a velocidade da fotodegradação. Além disso, a magnetização dos fotocatalisadores permitirá a sua simples remoção através da aplicação de um campo magnético, após a sua utilização.

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