Até domingo, o hotel de charme de Condeixa-a-Nova recebe os artistas Natali Zagory, Rita Moreira, Filinto Viana e Jorge Rodrigues e esta sexta-feira o historiador João Pinho modera a tertúlia deste “Paço com Arte”, às 21h00.
Um psicóloga, dois pintores e um artista plástico decoram o espaço do Conímbriga Hotel do Paço com obras de autor, que podem ser adquiridas no próprio local, dando a oportunidade a todos os que quiserem visitar de assistir in loco ao produzir de peças de arte, ao vivo.
Natali Zagory é o pseudónimo criativo a partir de Natali Zagorulko. Ucraniana, natural de Kiev, vive desde o início da guerra entre o seu país e a Rússia na Figueira da Foz. A sua pintura é espontânea, crua e direta, tocando-nos pelo óbvio e chocando-nos pela essência.
Pinta predominantemente com tintas acrílicas sobre tela, colagens (técnica mista: utilizando tinta chinesa e pincéis de aguarela), faz cerâmica, murais, trabalho o couro, mas também toca e compõe música, escreve poesia, e ainda artigos de opinião.
“Em 2021 tive a minha exposição individual “O tempo mudou a realidade”, e foi aí que tenho algo a partilhar com mundo. A minha língua é a arte, e a arte é universal.
A guerra alterou a minha vida. Dou aulas de pintura na Magenta, Figueira da Foz e estudo português”, referie a artista.
Já Rita Moreira, nasceu no Porto em 1976. Licenciada em Psicologia é no Porto que vive e actualmente exerce a sua prática clínica. O seu percurso tem passado por projectos tão diversificados como a rádio, a escrita ou a fotografia. Publicou “Cartas a Vincent” pela Editorial 100 em 2004, e em 2014, pela Chiado Editora, a obra “À meia-noite no farol”, estando prevista a edição de duas obras de poesia para 2023.
Fez também vários cursos de fotografia no Instituto de Produção Cultural e Imagem do Porto, com especial ênfase na fotografia de rua e na fotografia documental.
Na zona Norte expôs sobre várias temáticas socias como o tráfico de seres humanos, o envelhecimento, geografias culturais, entre outros, ligando a psicologia, a palavra e a imagem.
Filinto Viana, nasceu na Figueira da Foz em 1956, cidade onde desenvolve o seu trabalho marcado por criatividade transbordante. A obra de Filinto Viana conta histórias. Numa linguagem pictórica própria, a exaltação da cor e a rica figuração surrealizante, são presença constante no seu peculiar e aclamado trabalho artístico.
Filinto descobriu a pintura, já passava dos trinta, e logo a paixão foi mútua e após o seu início, junto de Michael Barrett e Mário Silva, a sua arte cresceu e hoje é, sem dúvida, um dos notáveis artistas.
“Filinto Viana vai-se libertando da figuração estereotipada do seu início, através dum instintivo e anárquico método e de um critério colorista requintado, criando uma figuração difícil de catalogar, suportada por acordes de cores e tonalidades sofisticados que demonstram uma Arte cada vez mais refletida”, indica Fernando Campos, autor da biografia de Filinto Viana.
Como artista plástico, Desy CXXIII (Jorge Rodrigues), trabalha com variados suportes que lhe concedem uma linguagem própria, e que vão desde as paredes a rua, o papel, e até mesmo ao vidro, técnica que lhe vinca a plasticidade expressiva do seu trabalho mais focado no “desperdício humano e material”, palavras do artista que recolhe vidros abandonados.
É nesses vidros, através da poesia sobre camadas de cor, a rostos de sem abrigo, “pessoas abandonadas pela sociedade, pessoas que são o ouro”, refere, que podemos ver as histórias que por ele são contadas através de camadas, tal como o trabalho do próprio.
Para a Direcção do Conímbriga Hotel do Paço, esta “é a prova do sucesso das edições anteriores e por isso irão continuar a apostas nestas residências artísticas, sendo ao mesmo tempo ,também, mais uma iniciativa que se enquadra no esforço de desenvolvimento de um conceito artístico que têm vindo a desenvolver e onde querem apostar, no Conímbriga Hotel do Paço, de modo a fomentar e a preservar o gosto e a paixão pela arte nos seus mais diversos modos de expressão”.
“A iniciativa é dirigida aos nossos hóspedes, mas, também, a todos os amantes de arte na região Centro. Estão convidados a vir conhecer o hotel, conhecerem e conversarem com os artistas, assistirem ao seu processo de criação e, enquanto isso, podem aproveitar para experimentar o nosso restaurante Gavius, o nosso Bar e desfrutar de toda a nossa tranquilidade”, destacou ainda José Miguel Ferreira.
O Conimbriga Hotel do Paço é a mais recente hoteleira 4 estrelas situada em Condeixa-a-Nova, sendo um hotel de charme . Para além do alojamento e restaurante, o hotel permite também a realização de eventos corporativos e familiares, como casamentos, baptizados e celebrações de aniversários, e reuniões de empresas.
O hotel é propriedade da Fundação ADFP, que os artistas irão ficar a conhecer também, numa visita guiada aos seus diversos sectores, e insere-se numa aposta da instituição no desenvolvimento regional no âmbito da vertente turística, sendo que a Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional já é proprietária do Hotel Parque Serra da Lousã (Miranda do Corvo), do restaurante Museu da Chanfana, Parque Biológico da Serra da Lousã com Centro Hípico, e do Templo Ecuménico Universalista com Observatório de Religiões. Possui ainda os museus Espaço da Mente, Tanoaria e oficinas de artes e ofícios tradicionais e a cafeteria Museu diz Mel.
O turismo e a agricultura (produção de vinho e azeite) são apostas da Fundação ADFP na criação de receitas que aumentem a sua sustentabilidade para uma maior actividade social, sendo simultaneamente áreas de criação de emprego, sempre que possível inclusivo, permitindo a integração de pessoas com necessidades especiais.
Fonte: Campeão das Províncias
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