COIMBRA,14 de Junho de 2025

Oliveira do Hospital: Morreu aos 100 anos Ilda Aleixo, a antiga costureira de Amália

4 de Agosto 2021 Rádio Regional do Centro: Oliveira do Hospital: Morreu aos 100 anos Ilda Aleixo, a antiga costureira de Amália

A antiga costureira de Amália Rodrigues, Ilda Aleixo, morreu ontem (3), aos 100 anos, em Oliveira do Hospital, num lar onde vivia.

Foi na década de 70 que Ilda começou a trabalhar com a fadista, de quem se tornou amiga.

Ilda Aleixo comemorou recentemente, em 6 de Março, os 100 anos, numa festa reservada no lar onde se encontrava, em virtude dos cuidados a ter no âmbito da pandemia de covid-19.

Com 100 anos, era natural que se queixasse da memória e Ilda tinha consciência disso mesmo: “Antigamente não me esquecia de nada, mas agora até me esqueço do que aconteceu ontem”, confessou numa entrevista dada à Lusa.

Mesmo assim, continuava a recordar-se do seu passado mais distante, nomeadamente dos tempos de casada.

“Foi um casamento que não teve muito resultado, mas até o meu marido morrer tratei muito dele”, contou.

De entre as memórias que não se apagaram com o tempo estão os momentos que partilhou com a fadista. Lembrava-se do dia em que Amália Rodrigues a convidou para ir viver consigo:

“Ela perguntou-me: ‘não era melhor vir cá para casa?’ Fui e lá fazia a roupa dela”, acrescentou.

Ao longo da carreira artística de Amália, Ilda Aleixo idealizou, desenhou e costurou muitos vestidos, fossem eles para serem exibidos numa ocasião especial ou num espectáculo em palco, quer fossem para simples uso no dia-a-dia.

Em entrevista ao “Campeão”, na data do seu aniversário, Ilda Aleixo recordou que sempre teve a paixão pela costura e pala moda. “Em pequena, comecei por fazer vestidos para as bonecas. Foi assim que fui treinando”, afirmava.

Recordava também o momento em que conseguiu trabalho num ateliê de alta-costura, onde mais tarde chegou a ser mestre.

Ilda da Graça dos Santos Aleixo entrou na Sant´Ana Residência Sénior em 8 de Fevereiro de 2018.

Em abril deste ano caiu durante a noite e partiu o colo do fémur.

Foi operada no hospital de Coimbra, mas acabou por ser transferida para o Hospital dos Covões para convalescença. Aí o seu estado clínico agravou-se.

Em Maio regressou à residência sénior, mas nunca aceitou bem as limitações a que ficou sujeita pelo facto de ficar acamada e em total dependência.

Morreu na manhã de terça-feira com uma insuficiência cardíaca.

Jornal Campeão das Províncias

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