[Foto: Emílio Torrão e Manuel Machado, autarcas de Montemor-o-Velho e Coimbra, formalizaram, hoje, o início da obra da nova ponte do Paço]
A tão desejada nova ponte do Paço, que une os concelhos de Coimbra e Montemor-o-Velho, vai ser uma realidade dentro de um ano. Essa é, pelo menos, a convicção dos autarcas dos dois municípios, que hoje assinaram o auto de consignação.
A empreitada, com um custo total de 397 977 euros imputados às câmaras municipais de Coimbra e de Montemor-o-Velho (em partes iguais), vai decorrer durante um prazo de 330 dias e inclui a construção da nova ponte do Paço, bem como os respectivos acessos.
“Este é um dos dias mais importantes do meu mandato”, declarou Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, sublinhando que se “está a fazer história”.
O autarca montemorense explicou que a obra, dada o seu passado conturbado de quase 30 anos de avanços e recuos, “vai ficar na história”, no sentido em que “dois autarcas decidiram que tinha de ser feita e vai ser feita, de quem quando promete, cumpre”.
São milhares os automóveis que, todos os dias, passam naquela ponte, pelo que a nova infra-estrutura era fundamental para assegurar uma maior “segurança rodoviária e pedonal”, com Emílio Torrão a reforçar que passam por ali pessoas vindas de vários concelhos limítrofes a Coimbra e Montemor, como Mira, Cantanhede, Figueira da Foz, Soure, etc.
“Foi um desafio que assumimos e vai arrancar agora no terreno”, afirmou Manuel Machado, notando que esta travessia tem “além do interesse público, tem um valor simbólico muito importante, que é a ligação entre dois concelhos”.
O édil de Coimbra adiantou “que o interesse de todos é que a obra seja concluída o mais rapidamente possível”, contudo, alertou não só para a perturbação do trânsito durante as intervenções, como também para alguns ajustamentos que terão de ser feitos à medida que se vai avançando, nomeadamente, porque aquela é uma zona de reserva natural, que inclui o Paul de Arzila.
A nova ponte será construída a cerca de duas dezenas de metros de distância da actual travessia, com “total respeito” pelo meio ambiente, salientou Manuel Machado.
Os dois socialistas consideram que a nova ligação é “estratégica e imprescindível” para a circulação rodoviária, para o bem-estar das populações e para o desenvolvimento económico e social dos dois municípios.
A nova ponte, a ser construída ao lado da actual, terá duas vias para automóveis e passeios para peões, com um total de 212 metros.
Quanto à ponte secular que ainda ali permanece, Manuel Machado assegurou que “não é para destruir, porque a História é para respeitar e este é um local relevante, pelo que será olhada como complementar à nova travessia”. E garantiu: “Não desistimos dessa requalificação”.
Recorde-se que o acordo intermunicipal para construção da nova ponte foi assinado, por estes mesmos dois autarcas, em Junho de 2017 e o acordo de execução foi já formalizado este ano, em Fevereiro, altura em que se estabeleceram os procedimentos da contratação pública (liderada pela Câmara de Coimbra, mas cuja congénere de Montemor será ressarcida em metade do valor pago ao empreiteiro relativo à execução da obra.
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