O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai promover amanhã (27) um colóquio que servirá para debater a crise hídrica e apresentar soluções para o reaproveitamento da água e implementação de sistemas hídricos eficientes.
O colóquio “A água num planeta em crise” irá realizar-se no auditório do ISEC, pelas 17h00 de quinta-feira, com moderação de João Rebelo.
Com a iniciativa, o ISEC pretende “mostrar como a engenharia pode combater a crescente escassez de água doce, a nível global, e travar o desperdício de água nas cidades – sem afectar a saúde nem o conforto das populações”.
Segundo a entidade promotora, o colóquio quer “debater a crise hídrica – provocada pelas alterações climáticas, pelo aumento da população e pela poluição – e apresentar soluções para o reaproveitamento da água e para a implementação de sistemas hídricos eficientes”.
“A engenharia tem um papel essencial para mitigar a crise hídrica global. No ISEC, temos uma forte preocupação em capacitar os nossos estudantes para o desenvolvimento de equipamentos que consumam cada vez menos água – como torneiras e válvulas de descarga inteligentes, ou chuveiros com temporizador. É nossa obrigação contribuir para resolver um problema que põe em causa a sobrevivência humana, e usar as novas tecnologias para combater o esbanjamento de água”, afirma Mário Velindro, presidente do ISEC.
O presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros, Silva Afonso, irá participar no colóquio para defender uma das “três vias possíveis que há para combater o desperdício de água: a via económica – que pressupõe o aumento do preço da água -, a social – por meio da sensibilização de pessoas para este problema -, e a via técnica – através da qual a engenharia civil e a ambiental, por exemplo, podem contribuir para o desenvolvimento e a implementação de técnicas e estratégias para o uso eficiente da água, em especial no setor urbano”.
De acordo com Silva Afonso, também citado no comunicado, “Portugal foi precursor – a nível europeu e até mundial – na concecção de medidas para o aumento da eficiência hídrica em edifícios, mas a falta de implementação pelo Estado fez com que, só agora, passadas quase duas décadas, o país tivesse iniciado a sua execução”.
O responsável considera que o debate sobre esta matéria é “um forte contributo para a sensibilização da sociedade civil sobre um dilema que se está a avolumar e que, já nas próximas décadas – com as alterações climáticas, o aumento da população e da poluição -, poderá vir a fazer da água um recurso crítico em muitas partes do planeta, incluindo Portugal”.
O colóquio “A água num planeta em crise” contará, ainda, com a intervenção do juiz conselheiro José Santos Cabral, que irá alertar para “a relevância de refletir sobre um tema nuclear” para o futuro coletivo.
O evento é organizado pelo ISEC no âmbito da economia circular e do reaproveitamento de recursos no tecido urbano.
O instituto dispõe de uma licenciatura em Gestão Sustentável das Cidades e foi pioneiro na aplicação de um sistema de monitorização da rede de distribuição de água nas suas instalações.
Agência LUSA
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