O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) realizou, nos primeiros seis meses do ano, mais 45% de cirurgias face ao mesmo período de 2020 e mais 5 500 consultas, o que constitui um aumento de 14%.
Estes dados foram avançados aos jornalistas por Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), no final da visita que efectuou, ontem (8), à unidade de saúde.
Carlos Cortes classificou o aumento do número de cirurgias como “absolutamente notável”, argumentando que ele “só foi possível, obviamente, através da entrega dos profissionais [de saúde], mas também a uma eficiente gestão das salas do bloco operatório e ao alargamento do período de trabalho também durante o fim-de-semana”.
“Os mesmos profissionais que se dedicaram de forma muito importante à resposta à covid-19, colocam a mesma entrega na retoma” da actividade hospitalar, enalteceu.
O presidente da SRCOM notou que actividade cirúrgica “é muito importante”, já que “muitos dos doentes que são operados são doentes oncológicos, com patologias que têm de ter um tratamento muito rápido”, mas estendeu o “balanço muito positivo” e o “magnífico trabalho” de aumento da produção no HDFF a serviços hospitalares como a ortopedia, urologia ou otorrino, entre outros.
A visita ao Hospital da Figueira da Foz sucedeu-se às já realizadas em Leiria, Guarda e aos centros hospitalares de Viseu/Tondela e Universitário de Coimbra, entre outras unidades de saúde.
Embora destaque a retoma da actividade programada, Carlos Cortes avisou que “não é de todo um cenário cor-de-rosa”.
“Não é de todo um cenário agradável porque, efectivamente, continua a haver um grande atraso. O que a Ordem dos Médicos tem andado a verificar é que há uma dedicação e uma focalização, neste momento, das unidades de saúde, tanto dos cuidados de saúde primários como dos hospitais, na recuperação de doentes que estão numa situação muto complicada”, referiu.
Alguns doentes, enfatizou, chegam aos hospitais com as suas patologias “muito avançadas”.
“Os doentes hoje têm de vir aos hospitais, têm de ir ao seu médico de família, os centros de saúde e os hospitais têm perfeita segurança para poderem tratar os doentes”, apelou Carlos Cortes.
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