Os accionistas da Metro Mondego (MM) elegeram João Marrana como presidente da empresa e vincaram a necessidade de se concluir os processos de expropriação ainda pendentes na “Baixa” de Coimbra.
Cabe agora ao novo Conselho de Administração, liderado pelo engenheiro João Marrana, ex-administrador delegado dos Transportes Intermodais do Porto, desbloquear a situação desses edifícios, na rua da Sofia, em articulação com a Secretaria de Estado das Infraestruturas e o Ministério das Finanças.
“Esta é uma das tarefas prioritárias do novo Conselho de Administração”, disse à agência Lusa o presidente da mesa da Assembleia Geral da MM, Luís Antunes, que foi reconduzido no cargo.
Enquanto accionista maioritário, o Estado “fez um ponto de situação” quanto à resolução de alguns problemas relacionados com imóveis da ‘Baixa’ de Coimbra cuja demolição vai ser necessária para a conclusão da abertura do canal da Linha do Hospital, junto à rua da Sofia.
“Há uma perspectiva de agilização do processo”, designadamente ao nível de “realojamentos e compensações em espécie”, acrescentou o também presidente da Câmara Municipal da Lousã.
“Isto é importantíssimo para o projecto na sua globalidade”, referiu Luís Antunes, frisando que, com a eleição dos novos órgãos sociais da Metro Mondego, pretende-se que a sociedade “reforce o seu papel na concretização” do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que, na actual versão do projecto, assenta numa rede de autocarros eléctricos do tipo Metrobus.
Eduardo Barata, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e candidato a deputado por Coimbra nas listas do PS às eleições legislativas de 06 de Outubro, é o segundo vogal executivo da nova Administração da MM, que vai ter “um papel importante na sua concretização”, sublinhou.
Luís Antunes confirmou que a candidatura aos fundos comunitários do projecto de instalação do Metrobus, no antigo ramal ferroviário da Lousã e na futura Linha do Hospital, entre a margem direita do rio Mondego e a zona do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, deve estar concluída até 31 de Dezembro.
“Não pode de modo nenhum haver o risco de esse dinheiro ser desperdiçado”, alertou, por sua vez, o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, do PS.
Na sua opinião, o recém-eleito Conselho de Administração da MM “tem de cumprir o planeamento” para que o projecto seja “executado com a máxima celeridade”, aplicando mais de 60 milhões de euros de apoios comunitários do Portugal 2020.
O também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses realçou que a resolução de “problema diversos” na “Baixa” da cidade, a fim de libertar os referidos imóveis, é necessária para “assegurar a sustentabilidade” do SMM no seu todo, permitindo a construção da Linha do Hospital.
Na reunião de ontem, os accionistas aprovaram por unanimidade os relatórios de actividades e contas da MM de 2016, 2017 e 2018.
Na Administração, até agora presidida por João Rebelo, a jurista Paula Pêgo, vereadora do PSD na Câmara de Coimbra, ocupa o lugar de vogal não executivo, enquanto Miguel Baptista, presidente da Câmara de Miranda do Corvo, assume a vice-presidência da mesa da Assembleia Geral.
Em Fevereiro, o presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, disse que as obras e os testes do SMM estarão concluídos em 2021, para que a nova rede pública de transportes possa funcionar em pleno em 2022.
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