Realizou-se hoje a cerimónia oficial de abertura da Região Europeia de Gastronomia 2021-2022.
O evento decorreu no Convento São Francisco e contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que afirmou que a gastronomia deve ser encarada como fonte de riqueza, com envolvimento da comunidade e aposta na sustentabilidade ambiental.
Para Ana Abrunhosa, é necessário que esta seja uma oportunidade de investir numa “maior sustentabilidade” do setor agroalimentar, “que respeite o ciclo produtivo” e promova as “cadeias curtas” da comercialização.
Na sua opinião, esta iniciativa da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, apoiada pela Câmara local, constitui um desafio para “reforçar a identidade e a união” das entidades públicas e privadas, bem como da população, neste território.
Ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa focou o seu discurso em três vectores – coesão, sustentabilidade e trabalho em rede – que deverão estar presentes nos dois anos de actividades da Região Europeia de Gastronomia, que adota o lema “A million food stories”.
A gastronomia, sublinhou, “faz uma ligação perfeita” com a cultura, a economia e a área social, “tentando sempre que possível a inovação”, no âmbito de uma estratégia “para atrair turistas e investimentos” ao território. “A gastronomia pode ser uma fonte de desenvolvimento local”, defendeu a ministra da Coesão Territorial, ao realçar a oportunidade de “diversificar serviços e produtos complementares”.
Por sua vez, o presidente da Câmara local, Manuel Machado, afirmou que a Região de Coimbra “tem sabido potenciar os produtos que a diferenciam” neste domínio.
Para o também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o título de Região Europeia de Gastronomia, que Portugal, através de Coimbra, vai partilhar com a Eslovénia durante dois anos, “apenas é possível graças ao envolvimento de instituições dos setores público e privado” que valorizam “a diversidade e a riqueza de uma Europa global”.
O Bid Book da candidatura tem como produtos: “ a chanfana, a lampantana, o cabrito, o leitão, o pescado de arte xávega, a sardinha da Figueira da Foz, o arroz de Baixo Mondego, os queijos DOP- Rabaçal e Serra da Estrela, a doçaria conventual, o mel, os enchidos, o vinho e a cerveja artesanal.
A cerimónia incluiu o visionamento do filme “Região de Coimbra: Região Europeia de Gastronomia”, as intervenções do chef Luis Lavrador e dos chefs embaixadores dos produtos que representam. Foi ainda apresentado o programa Região Europeia da Gastronomia 2021-2022 e uma mensagem do presidente do Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo.
O programa contou também com a assinatura de um protocolo, para o funcionamento da Loja Região de Coimbra na cidade e um interlúdio musical pelo grupo Trupe Viola Toeira.
Usaram ainda da palavra a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, entre outros participantes.
O encerramento coube à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, através de uma mensagem gravada.
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