Apologista de um Centro Desportivo Integrado em Coimbra, o vereador Carlos Cidade sofreu, ontem, uma derrota, infligida pela Assembleia Municipal (AM), mediante a aprovação de uma recomendação à Câmara.
A AM deliberou, tangencialmente, recomendar à CMC que invista seis milhões de euros na construção da “Arena Municipal de Ginástica”, equipamento concebido como capaz de dar resposta às necessidades formativas dos ginastas.
A medida foi aprovada com votos (23) dos autarcas das bancadas do PSD, movimento “Somos Coimbra” e CDU e de outros dois membros da AM, António Cabral Oliveira (PPM) e Rui Campos (MPT).
O CDS e o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) abstiveram-se e na bancada do PS só se encontravam 22 autarcas devido a ausência de um presidente de Junta de Freguesia por motivos do foro pessoal, disseram fontes partidárias ao “Campeão”.
Interpelada pelo “Campeão”, a autarca e líder concelhia conimbricense do CDS, Lúcia Santos, admitiu haver surpreendido o PSD com a atitude abstencionista, além de ter feito notar que a neutralidade do seu partido proporcionou a aprovação da medida.
Em termos simbólicos, avulta a particularidade de a recomendação apontar para um investimento inteiramente camarário, em detrimento de um empreendimento do tipo parceria público – agente privado (a empresa Supera Areeiro), defendido pelo PS ao preconizar um Centro Desportivo Integrado e Complexo Olímpico de Ginástica.
Ao insistir que a recomendação consiste num “hino à mentira e à hipocrisia política”, o líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, opinou ser possível “fazer melhor sem onerar o orçamento municipal”.
“É importante a CMC assumir um investimento municipal, tendo presente a necessidade de acautelar o interesse público”, declarou Nuno Freitas, autarca e líder concelhio do PSD/Coimbra.
Interpelado pelo “Campeão”, Nuno Freitas disse que “não há hipótese de recuperar um concurso que, além do mais, não serve o interesse público” ao aludir à rejeição do relatório de um júri favorável à concessão de terreno municipal para construção e exploração de um Complexo Desportivo Integrado e Centro Olímpico de Ginástica.
Instado, esta semana, pelo vereador Paulo Leitão (PSD), Manuel Machado não se pronunciou sobre a inexistência de diálogo entre a Câmara conimbricense e a empresa Supera Areeiro depois da aprovação da acta que consagra o referido «chumbo».
Carlos Cidade, vice-presidente da autarquia, disse crer que os serviços camarários estarão a fazer o que lhes compete.
Como noticiou, oportunamente, o “Campeão”, a edilidade continua sem fundamentar a sobredita deliberação de rejeição do relatório de um júri e, assim, ter-se-á posto numa posição débil perante a sociedade Supera Areeiro.
Fonte: Campeão das Províncias
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