A INOVA – Empresa de Desenvolvimento Económico Social Cantanhede atribuiu a implementação do sistema de recolha selectiva de biorresíduos com contentorização colectiva inteligente à Ubiwhere, uma empresa portuguesa.
De acordo com o programa do concurso ganho pela empresa, “serão disponibilizados 400 equipamentos colectivos para a recolha de biorresíduos no município de Cantanhede”, disse a INOVA, explicando que estes “estarão dotados com sistema de controlo de acessos e a informação ficará agregada na plataforma Smart Waste, desenvolvida pela Ubiwhere, para a monitorização das operações”.
A implementação deste sistema decorrerá de forma progressiva, sendo que os primeiros equipamentos deverão estar no terreno até ao final do ano de 2021.
Recorde-se que a União Europeia definiu o ano de 2023 como meta para a realização da recolha selectiva de biorresíduos. Neste sentido, segunda a INOVA, “são cada vez mais os Municípios e entidades que enfrentam pressão para implementarem sistemas eficazes de recolha e separação”. A esta dificuldade “acresce ainda que, de um modo geral em Portugal, os agregados familiares não procedem à separação de biorresíduos, propiciando a adopção de mecanismos inovadores que contribuam para o fortalecimento da adesão aos novos sistemas por parte da comunidade”, defendeu a empresa municipal de Cantanhede.
Funcionamento do sistema de recolhe de biorresíduos
Segundo a INOVA, toda a operação envolvida na recolha de resíduos será conduzida através da plataforma Smart Waste da Ubiwhere, que “constituirá o núcleo duro de gestão inteligente e autónoma do sistema, na medida que agrega e monitoriza a performance de todos os contentores que incluem a operação”.
A plataforma permite a comunicação com o hardware para o envio de leituras e eventos que ocorram, para a geração de reportes de utilização e para o controlo dos acessos aos contentores. O acesso à plataforma será diferenciado por tipo de utilizador – administrador, técnico e utilizador final – o que possibilitará a criação de suportes digitais de comunicação, tais como o Portal do Cliente e a Aplicação Móvel, tornando a interacção do cidadão com o sistema mais fluida e articulada.
“Os contentores serão equipados com um sistema de controlo de acessos, com leitor RFID. Para o desbloqueio do equipamento, o utilizador terá de passar uma chave RFID previamente cedida pela INOVA-EM ou através da utilização da App móvel desenvolvida para o efeito. Ao fazê-lo, o sistema recolherá estatísticas de utilização por utilizador, permitindo uma compreensão do nível de adesão da comunidade ao sistema. O mesmo permitirá obter métricas apuradas sobre o nível de enchimento dos contentores, recolhas realizadas, erros e alertas emitidos, entre outros aspectos que contribuem para a melhoria da eficiência das operações de gestão do sistema”, explicou a INOVA.
O desafio da recolha selectiva de resíduos
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