COIMBRA,5 de Maio de 2025

Baixo Mondego cultiva arroz com menos sementes por hectare

12 de Abril 2019 Rádio Regional do Centro: Baixo Mondego cultiva arroz com menos sementes por hectare

Os orizicultores do Baixo Mondego abrangidos pelos apoios do Estado à produção sustentável poderão realizar este ano as culturas de arroz com apenas 90 quilos de semente certificada por hectare, foi hoje anunciado.

Esta medida foi tomada pelo Governo “a título excepcional”, através de um despacho do director-geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gonçalo de Freitas Leal, emitido na quarta-feira, na sequência de um pedido da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO).

Para as sementeiras de 2019, foi autorizado que “a quantidade mínima de semente certificada das variedades de arroz carolino ‘Ariete’ e ‘Teti’ possa ser reduzida de 120 quilos para 90 quilos por hectare”, refere a ADACO.

“Os orizicultores englobados na produção integrada”, ao abrigo das chamadas medidas agro-ambientais do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, “são obrigados” a semear 120 quilos de arroz seleccionado e certificado por hectare de área cultivada.

No Baixo Mondego, contudo, “há falta de arroz de semente certificado das qualidades ‘Ariete’ e ‘Teti’, devido a problemas nos países fornecedores destas duas qualidades, Itália principalmente, mas também Espanha, onde foi reduzida a produção de semente”.

“Não há em quantidade suficiente arroz certificado das duas principais variedades que se semeiam no Baixo Mondego. As outras qualidades existentes no mercado não são compatíveis com os nossos solos, a sua produtividade é muito baixa e a indústria não quer este arroz”, explica o coordenador da ADACO, Isménio Oliveira.

O arroz cultivado na região através das medidas agro-ambientais equivale a dois terços do total: 5 000 dos 7 000 hectares de arrozais do Baixo Mondego.

“A maioria dos orizicultores estava com a sementeira em risco”, segundo a ADACO, com sede em Coimbra, tendo verificado que “a única forma de resolver o problema a tempo e horas era a diminuição da quantidade de arroz seleccionado por hectare”.

A associação solicitou à Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural que, na sementeira de 2019, “a percentagem de arroz seleccionado num hectare fosse reduzida de 120 para 90 quilos”.

Esta diminuição de 30 quilos por hectare vai permitir que todos os orizicultores, dentro da produção integrada, possam começar a sua sementeira ainda em Abril.

Jornal Campeão das Províncias

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