O aterro de Coimbra, que se prevê que atinja o limite em Setembro, deverá sofrer uma obra de reengenharia para aumentar a sua capacidade nos próximos meses, segundo o vereador do ambiente da Câmara Municipal.
Na sexta-feira, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra deu nota de que o aterro, que é gerido pela ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro (do grupo Mota Engil), deve atingir a sua capacidade máxima em Setembro.
Esta segunda-feira, na reunião do executivo da Câmara de Coimbra, o vereador com o pelouro do ambiente, Carlos Lopes, manifestou a sua preocupação com aquele aterro, situado em Vil de Matos, e referiu que a solução passará por trabalhar “tecnicamente [terrenos] para receber novos resíduos nos próximos meses”.
O vereador aclarou que a ERSUC está “a trabalhar na união de células e aumento da cota (em altura) sujeita a AIA [avaliação de impacto ambiental], aumentando a capacidade operacional até 2027”.
Além disso, o grupo de trabalho constituído pelo Governo para esta matéria apontava para um alargamento do aterro em terrenos existentes em Vil de Matos, mas o plano está agora suspenso, “por força da situação política”.
O vereador eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra notou que a falta de capacidade dos aterros existentes “é um problema nacional”, esperando que o Governo que saia das próximas legislativas possa acompanhar a situação “com medidas concretas”.
Carlos Lopes deu nota ainda de que o Município propôs a não distribuição de dividendos da ERSUC, posição acompanhada pelas restantes autarquias que são accionistas da empresa (detida na sua maioria pela Mota Engil).
O vereador também criticou a postura da ERSUC e os problemas que subsistem na recolha de resíduos, entre outras questões.
Carlos Lopes respondia a perguntas do vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, que alertava para o fim da capacidade do aterro.
Na sua intervenção, Francisco Queirós criticou o facto de a ERSUC, que é responsável por assegurar o tratamento de resíduos de mais de 30 municípios do Litoral Centro, ser detida maioritariamente pelo grupo Mota Engil, considerando preocupante “deixar a decisão nas mãos de um grupo económico” que ignora os municípios.
Fonte: Campeão das Províncias
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