[Na foto: Cecília Machado (presidente da Direcção da Associação); Carlos Cidade (vice-presidente da CMC); Jorge Veloso (presidente da UF de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades) e Jorge Alves (vereador da CMC)]
O sonho de alguns é hoje o de tantos outros e, desde esta manhã, toda a comunidade ficou a conhecer a obra, em andamento, do futuro lar, centro de dia e apoio domiciliário da Associação Sócio-Cultural São Bento, em São Martinho do Bispo.
“Acreditar que é possível é motivo suficiente para não desistir”. Foi com estas palavras que Cecília Machado, presidente da Direcção da instituição, terminou o seu discurso, emocionado, no dia em que se lançou, oficialmente, a primeira pedra da construção do edifício, na Urbanização de São Bento.
A timoneira da Associação relembrou as dificuldades para chegar a este momento, para o qual contribuíram muitas pessoas e o facto de, em 2017, se ter tornado numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
“A Associação nasceu, em 2007, pela mão de um grupo de moradores insatisfeitos com as respostas sociais que não existiam para colmatar as suas necessidades”, afirmou a presidente, sublinhando que houve sempre “uma consciência que o apoio tinha de ser ao nível da geriatria”, pelo que o projecto apresentado, e que está já a ganhar forma, terá as valências de centro de dia, lar e apoio domiciliário.
No total, a instituição vai poder apoiar 72 utentes, distribuídos entre as três valências: 25 no centro de dia, 40 no apoio domiciliário e sete em lar (que contará com quatro quartos).
A obra, que contou com os apoios financeiros da Câmara Municipal de Coimbra, União de Freguesias (UF) de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, e dos vários donativos que vão chegando, está orçada em cerca de um milhão de euros e será feita por fases.
“Fomos sempre conseguindo ultrapassar os problemas, sem nunca baixar os braços e assim dar início à obra, que tem um valor social inegável”, recordou Cecília Machado, sublinhando o empenho da equipa que trabalha consigo, dos restantes órgãos sociais (actuais e antigos), sócios e amigos.
Os acordos com a Segurança Social são, agora, outro dos passos a dar, mas a presidente mostra-se confiante que irá acontecer em breve.
Na cerimónia participou, também, Jorge Veloso, presidente da UF, que deixou clara a importância da “persistência e não desistência”. “Esta é uma obra que está a nascer numa zona bastante carenciada de respostas deste género e ainda que outra esteja em construção no Cultural das Casas Novas, elas vão complementar-se e não haverá conflito”, afirmou, acrescentando que o importante é, também, “dar mais condições e melhor qualidade de vida aos nossos idosos”.
Jorge Veloso garantiu, ainda, o apoio da União de Freguesias, numa fase final da empreitada: “o compromisso mantém-se e o apoio da freguesia chegará”.
Jorge Alves, vereador da Acção Social da Câmara de Coimbra, destacou o empenho da autarquia “na questão da descentralização da acção social para as freguesias, através das comissões sociais de freguesia, que funcionam muito bem” e “na questão da transparência nas regras para apoiar as instituições”. Segundo o autarca, a Câmara Municipal “estará disponível para, numa segunda fase, voltar a apoiar a obra”.
Já Carlos Cidade, vice-presidente da autarquia conimbricense, sublinhou “os investimentos que têm sido feitos na área social e, agora, que se começa a ver obra, é para ser concluída”.
“Estamos a construir cidade – que é todo o concelho e não apenas o centro – pelo que a distribuição dos equipamentos sociais e outros são importantes para a harmonização do concelho”, concluiu Carlos Cidade.
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