Centenas de tractores e máquinas agrícolas estão a percorrer desde as 10h30, em marcha lenta, a Estrada Nacional (EN) 111 em direcção à Baixa de Coimbra, onde os promotores do protesto esperam juntar, ao final da manhã, meio milhar de veículos.
A manifestação, aparentemente espontânea e não integrada na programação do protesto do Movimento Civil Agricultores de Portugal, que hoje decorre em vários pontos do país, partiu de um grupo de produtores agrícolas do Baixo Mondego, que se concentraram em Montemor-o-Velho, a cerca de 25 quilómetros de Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, o agricultor Armindo Valente explicou que o ‘cortejo’ de tractores saiu de Montemor-o-Velho cerca das 10h30 e vai “em marcha lenta até à avenida Fernão de Magalhães”, com concentração agendada junto às instalações da Direcção Regional de Agricultura do Centro.
“Alguns vão-se juntar a nós [ao longo do percurso] e o que esperamos é [ter] cerca de 500 tractores, meio milhar de tractores” em Coimbra, disse Armindo Valente.
Os agricultores estão hoje na rua com os seus tractores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do sector e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
O pacote abrange entre outras, medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da actividade.
Fonte: Campeão das Províncias
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