COIMBRA,8 de Novembro de 2024

A relevância das atividades de desenvolvimento cognitivo

17 de Outubro 2024 Rádio Regional do Centro: A relevância das atividades de desenvolvimento cognitivo

Ao longo dos tempos, e por que já foram demonstrados os malefícios de uma vida sedentária, assistimos a um esforço considerável para promover a prática de atividade física, através da realização de múltiplos eventos dedicados ao desporto.

O objetivo é a promoção de estilos de vida mais saudáveis, pelo que estes eventos incluem modalidades tão diversificadas quanto kempo, badminton ou standup paddle, entre outras, de forma a cativar diferentes preferências e novos praticantes.

Porém, a ciência tem vindo igualmente a demonstrar que também as atividades que estimulam a mente são, igualmente, importantes para um estilo de vida saudável. Nesse sentido, ao longo desta leitura, descobrirá quais as atividades intelectuais que mais contribuem para este caminho.

1. A leitura e as artes enquanto exercícios cognitivos

Estudos recentes concluem que a literatura está em alta e que são muitos os novos leitores, impulsionados por inúmeras feiras do livro e bookgrammers. Ora, estas são excelentes notícias porque, enquanto exercício cognitivo, ler potencia a nossa concentração e memória, estimula o pensamento lógico e crítico e reforça a criatividade e imaginação.

Aliás, estas competências são igualmente reforçadas pela interação com outras formas de arte, como séries, filmes, teatro, pintura ou música. De facto, através das artes, assimilamos mensagens, memorizamo-las e interpretamo-las segundo a nossa personalidade e valores, estimulando o nosso cérebro.

2. Os benefícios da aprendizagem de um novo idioma

Quando aprendemos uma segunda língua, temos de pensar nesse idioma (tanto quanto possível, como se fôssemos nativos), dominar a estrutura linguística e memorizá-la; conhecer e empregar expressões idiomáticas e conceitos culturais, etc.

Pois bem, todos estes aspetos fundamentais na aprendizagem de uma língua estrangeira obrigam forçosamente o nosso cérebro a concentrar-se, refletir e superar desafios de forma rápida, o que o exercita de forma muito positiva.

3. O papel dos jogos de tabuleiro: xadrez, damas, sudoku

Em jogos como xadrez, damas ou sudoku, entre outros, os jogadores estimulam o raciocínio lógico, a memória e a criatividade, para conseguirem bater os adversários ou o próprio jogo, no caso do sudoku.

De facto, para ter sucesso nestes jogos é essencial memorizar todas as jogadas, antecipar as do rival e, com base na probabilidade, lógica e cálculo matemático, conseguir fazer xeque-mate (xadrez), capturar as peças adversárias (damas) ou chegar ao número oculto (sudoku).

Não há dúvidas de que estes jogos são desafiantes, constituindo, por isso mesmo, um estímulo que agiliza a nossa mente.

4. O mundo dos videojogos

Mas não são apenas os jogos clássicos, de mesa ou tabuleiro, que constituem boas atividades intelectuais. De facto, a ciência já comprovou que também os videojogos são importantes no desenvolvimento das competências cognitivas, redução da ansiedade e stress e na melhoria das nossas capacidades de socialização.

Estes são então alguns dos aspetos que explicam a imensa popularidade destes conteúdos juntos dos gamers, para além dos mais óbvios, naturalmente relacionados com o entretenimento e passatempos.

Ora bem, é precisamente que surge o iGaming. Esta variante do Gaming popularizou-se precisamente para responder à grande procura por jogos de intelecto, nomeadamente o poker ou outros jogos de mesa com cartas.

De facto, o desenvolvimento de plataformas especializadas como a PokerStars permitiu que os jogadores pudessem aceder ao poker de forma descomplicada.

Este tipo de plataformas é excelente para explorar as variantes do poker, as sequências de mãos ou até conceitos sobre a modalidade. A PokerStars, por exemplo, até tem tutoriais informativos sobre as regras e como jogar, permitindo aos jogadores entrar em mesas não competitivas ou com um nível de exigência maior.

No final, qualquer jogador entende o poker como um desporto mental e que, além de aleatoriedade, existem também fatores de estratégia que trazem então, o lado do estímulo e destreza mental.

5. Escrever, escrever e escrever!

A escrita criativa é uma prática que vai além das convenções formais da escrita, permitindo que o autor explore a sua imaginação e crie narrativas originais.

Ao escrever histórias, poesia ou até diários, exercitamos o pensamento abstrato, a empatia e a capacidade de expressão.

Este processo estimula diferentes áreas do cérebro, especialmente aquelas ligadas à linguagem e à criatividade.

A escrita criativa também melhora a habilidade de organizar ideias de forma clara e coerente, promovendo a autoexpressão. Além disso, ao enfrentar desafios como o bloqueio criativo, desenvolvemos resiliência e aprendemos a pensar de forma mais flexível.

Com efeito, até há pouco tempo, as atividades físicas eram valorizadas em detrimento das associadas ao estímulo intelectual. Felizmente, esta situação alterou-se, e atualmente atividades como a leitura ou jogos (não só os clássicos, mas também os videojogos) tornaram-se extremamente populares, tendo começado a ser reconhecidas como essenciais na promoção do nosso desenvolvimento intelectual.

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