As 38 “startups” seleccionadas com projectos para aproveitar o aumento de procura turística no Interior devido à pandemia da covid-19, vão iniciar nos dias 10 e 11 de Dezembro o “Green Up”, o programa de ideação em turismo promovido pelos Territórios Criativos e pelo Turismo de Portugal.
Isabel Ferreira, secretária de Estado da Valorização do Interior, estará presente esta quinta-feira, às 09h30, em Alvaiázere, o concelho do distrito de Leiria onde se irão centralizar as operações do Bootcamp que proporcionará dois dias intensivos de mentoria e formação aos jovens empreendedores.
As ‘startups’ que participam no “Green Up” foram seleccionadas entre mais de 100 candidatas constituídas por empreendedores de todo o país formados em turismo, integrando várias delas estudantes que ainda frequentam licenciaturas e mestrados.
Propõem soluções B2B (“Business to business”, dirigidas a empresas) que apoiem empresas do sector no cumprimento das metas de sustentabilidade definidas pelo Turismo de Portugal. A sustentabilidade dos territórios e a promoção da economia circular são os pilares deste programa.
“Estava previsto que os dois dias de Bootcamp fossem presenciais em Alvaiázere, mas a evolução da pandemia em Portugal e as regras do Estado de Emergência obrigaram-nos a pedir aos 66 empreendedores envolvidos e aos seus 40 mentores que permaneçam nos seus escritórios e nas suas casas ao longo da ação”, afirmou Luís Matos Martins, CEO dos Territórios Criativos, a empresa de consultadoria e de apoio ao empreendedorismo que organiza o Green Up para o Turismo de Portugal.
“Iremos fazer exactamente o que estava previsto, com a diferença de as sessões colectivas e as interacções mentores-empreendedores terem de ser feitas por ‘zoom’”.
Cada startup seleccionada recebeu em sua casa um “Kit Empreendedor” com o StartUp Academy Plan, uma metodologia de “design thinking” desenvolvida pelos Territórios Criativos para ajudar os empreendedores na estruturação dos seus projectos.
A seguir, quinta-feira, todas as equipas vão acompanhar online as sessões que os Territórios Criativos vão produzir e gerir a partir da plataforma empresarial Alvaiázere+. Depois da sessão de abertura, na qual irão participar a presidente da Câmara de Alvaiázere, Célia Marques, e a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, arrancarão as sessões temáticas de Design Thinking e Criatividade, de Marketing Estratégico, de Sustentabilidade Económica, de Finanças e de Marketing Operacional.
“O Interior de Portugal revelou-se um conjunto de regiões que aumentou a sua competitividade enquanto território desde o início da pandemia covid-19, o que lhe tem valido uma procura histórica em termos de turismo e de restauração, ao contrário do que sucede nas zonas turísticas tradicionais”, afirmou o CEO dos Territórios Criativos.
Segundo Luís Matos Martins, “esta competitividade tem de ser posta ao serviço da fixação de pessoas nos seus territórios de origem e da aceleração da economia local, criando novas oportunidades no sector do turismo: é exactamente isso que o Green Up irá promover e desenvolver”.
O ponto alto do Bootcamp do Green Up ocorrerá na tarde de sexta-feira: será a sessão de “Speed Mentoring”, na qual todas as startups farão pequenas apresentações – “pitch” – dos seus projectos a cada um dos 40 mentores que participam nesta edição do Green Up. A lista de mentores é constituída por especialistas em turismo, empresários, investidores e académicos, os quais irão avaliar individualmente as apresentações uma a uma, comentando-as e dando conselhos e sugestões a cada uma das equipas empreendedoras.
Depois, até meados de Janeiro de 2021, as equipas serão acompanhadas e apoiadas na construção dos 38 projectos de investimento, dos quais serão seleccionados um grupo de finalistas. Então, a 07 de Fevereiro, haverá em Coruche a Grande Final em que serão apurados os vencedores.
“O aumento de procura turística no Interior só será bem aproveitado por novos empreendedores se os investimentos potenciarem os produtos e os serviços locais, ou seja: se qualificarem a oferta turística adaptando-a à identidade de cada território”, afirmou Luís Matos Martins.
“Isso implica lógicas de economia circular e de sustentabilidade, seguindo os objectivos de desenvolvimento sustentável [ODS] das Nações Unidas. Só com essas lógicas se conseguirá qualificar uma oferta turística que seja competitiva e sustentável nos tempos em que vivemos”.
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