Decorreu durante esta semana uma operação de controlo e de remoção de jacintos-de-água na albufeira do Açude-Ponte, em Coimbra.
Esta acção decorreu no âmbito do projecto financiado pelo Fundo Ambiental e estruturado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.
O jacinto-de-água integra a lista nacional das espécies invasoras e tem um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias.
A espécie foi detectada, pela primeira vez, em Julho do ano passado nas margens da bacia da albufeira do Açude-Ponte de Coimbra pelas equipas de investigadores da Escola Superior de Agrária e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
Os investigadores promoveram a sua remoção a partir da margem, trabalho que veio a ser completado a partir do leito do Mondego, com a intervenção do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara de Coimbra e com o apoio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra.
Para esta operação estiveram disponíveis diversos meios, designadamente um veículo anfíbio, máquinas giratórias, embarcações diversas e equipas preparadas para lidar com esta espécie infestante.
De acordo com o grupo de investigadores responsáveis pela plataforma www.invasoras.pt e que, também, estão envolvidos na operação, o jacinto de água (Eichhornia crassipes) integra a lista nacional das espécies invasoras. Possui um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias. Importa, ainda, destacar que a espécie pode formar largos tapetes flutuantes, que alteram as condições físicas e químicas da água, afectando também a biodiversidade das massas água que ocupam.
O jacinto-de-água é apenas uma das espécies invasoras aquáticas que ocorrem na Bacia do Mondego. Estão já identificadas outras espécies como a Alternanthera philoxeroides, que pode causar graves disrupções no sistema aquático e que foram também objecto de intervenção feita nos últimos dias.
As características biológicas e ecológicas destas espécies impelem a que sejam tomadas todas as medidas possíveis que promovam a sua detecção precoce e a adopção de resposta rápidas que impeçam a sua dispersão, evitando assim impactes ecológicos e económicos mais graves.
Fonte: Campeão das Províncias
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