O ano de 2021 encerra bastante promessa. As principais instituições financeiras olham para o segundo semestre com otimismo e adivinham um crescimento considerável que deverá refletir o levantamento das restrições em curso.
Se praticamente já tudo foi escrito acerca do atípico 2020, apenas podemos tentar encontrar um fio condutor para o que nos espera daqui em diante. Para já, podemos contar com os dados existentes que indicam que o mercado imobiliário nacional está bem e recomenda-se.
No que se refere a Coimbra, junho deste ano regista um crescimento de 0,7% em relação ao mês anterior, o que deixa adivinhar espaço para crescimento futuro. Neste sentido, os valores em território nacional divergem consideravelmente.
Apesar de parecer ser um momento perfeito para comprar casa em Coimbra muito graças a um mercado em ascensão, os registos em outros distritos do país não seguem em ritmos idênticos.
Desde logo, o valor médio de venda em Portugal, que se fixa em junho de 2021 nos €368.694, uma subida de 0,6% em relação ao mês anterior. Neste ponto, Coimbra está em uníssono ainda que o valor médio de venda se coloque atualmente nos €200.869.
Lisboa lidera a tabela, com €594.743 e uma subida de 0,8% em relação ao mês anterior. Em comparação com idêntico período do ano passado, o valor é 7,7% superior e denota uma tendência de notável recuperação que adivinha um futuro francamente otimista.
Faro, Porto e Região Autónoma da Madeira seguem idêntica tendência, porém, os valores mais impressionantes são referentes a Évora. O distrito viu os preços de venda aumentar em 5,1% entre maio e junho deste ano, o que revela um verdadeiro salto de 32,2% em relação ao ano passado. Em termos práticos, o valor médio de venda de junho 2020 era de €203.676 e é atualmente de €269.284.
Ninguém pode adivinhar o que surgirá ao longo dos próximos anos. Porém, as indicações neste segmento de atividade são pelo menos manifestamente positivas. Elas apontam não apenas para um interesse crescente de investimento estrangeiro, mas também a perspetiva de que os mecanismos em lugar vão sustentar o mercado imobiliário durante o futuro que se avizinha.
No que toca à gestão da pandemia, é ainda incerto assumir se já ultrapassámos o pior cenário e se os efeitos macroeconómicos não se agravarão ao longo desta década. Todo o valor que foi perdido em cerca de ano e meio deverá ser compensado através de outros mecanismos.
Apesar destas interrogações, a pandemia trouxe também uma discussão interessante à sociedade. A revisão dos modelos de trabalho, com especial foco em semanas laborais de 4 dias ou na aposta do teletrabalho como modelo efetivo.
Este último pode ser a resposta para contrariar um êxodo rural que se acentuou ao longo de décadas. Face aos valores da habitação praticados em muitos dos centros urbanos, poderá aliar as necessidades de distritos e cidadãos para criar um novo modelo que se paute por maior sustentabilidade.
Sendo Coimbra ainda um dos distritos do país onde o preço das casas é relativamente acessível, esta janela temporal poderá ser única para atrair profissionais e empresas tecnológicas.
Uma vez retirada a necessidade de permanecer numa capital europeia, as cidades de menor dimensão podem agora competir com os seus próprios argumentos na captação de investimento e de novos habitantes como nunca até aqui.
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