Um estudo da Fundação Portuguesa da Cardiologia destaca que 91 por cento das pessoas que se deslocaram a uma unidade de saúde no período de pandemia se sentiram seguras.
A amostra inquirida considerou que as unidades de saúde são locais seguros e onde os serviços demonstram preocupação com as medidas de higiene e segurança em relação à covid-19.
Esta é uma das principais conclusões de um estudo, promovido pela Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), que verificou ainda que, em caso de necessidade, 98 por cento dos portugueses se deslocariam a estas unidades, independentemente do nível de receio face à pandemia.
A vacinação contra a covid-19 e a sua relação com as medidas de prevenção do vírus foi também alvo de estudo, tendo-se verificado que praticamente todos os inquiridos vão continuar a adoptar medidas de protecção, como o uso da máscara, a lavagem frequente das mãos e o distanciamento social, após serem vacinados.
O mesmo estudo avaliou ainda quais são as principais fontes de informação dos portugueses relativamente à doença e concluiu que 64 por cento recorre à comunicação social para obter informação sobre o tema. Já 28 por cento dos inquiridos referem que optam por pesquisar na internet e apenas 9 por cento não se mostram muito atentos em relação a este tipo de informação.
O inquérito, que também contou com uma avaliação específica dedicada aos doentes cardíacos, concluiu que 1 em cada 10 já esteve infectado com covid-19 e que 62 por cento dos doentes cardiovasculares não cancelaram nem adiaram as suas consultas e/ou exames médicos no último ano devido à pandemia.
Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, mostra-se satisfeito com os resultados deste estudo e reforça que “estas conclusões mostram que os portugueses começam a saber lidar com a pandemia de covid-19, que veio para ficar e que o receio do vírus já não coloca em causa o acompanhamento aos doentes cardíacos como se verificava há uns meses atrás. Os serviços de saúde têm assumido um papel fundamental na transmissão de uma mensagem de confiança e a prova disso é que verificamos que, cada vez mais, os doentes não temem as deslocações a estas unidades por considerarem que estão reunidas todas as condições de segurança” conclui o presidente da FPC..
A amostra do estudo é constituída por 1 000 portugueses, com idade superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental e o principal objectivo desta investigação era avaliar o comportamento dos portugueses face ao seu conhecimento, idas aos serviços de saúde e medidas de prevenção, tendo em conta o actual contexto pandémico.
O estudo foi apresentado, na passada segunda-feira (03), num evento virtual e marcou o arranque das comemorações de “Maio, Mês do Coração”, que este ano terá uma plataforma imersiva onde acontecem eventos e onde é disponibilizada informação útil sobre a temática das doenças cardiovasculares.
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