A freguesia do Espinhal, ano após ano, procura manter vivas algumas tradições que a memória esqueceu o início. A “Queima do Judas”, sempre em Domingo de Páscoa, é uma delas, dinamizada pela Junta de Freguesia, em parceria com a Sociedade Filarmónica do Espinhal.
Um boneco, qual “espantalho agrícola” simboliza Judas Iscariotes, o apóstolo-traidor que se terá enforcado após ter “entregado” Jesus Cristo no Monte das Oliveiras.
Na manhã de domingo , a figura é exposta na Praça da República, onde à tarde, a partir das 15h30, é transportado numa carroça até ao Largo da Feira para ser “queimada”.
O cortejo percorre algumas ruas da vila anunciando à população a “condenação” do apóstolo. Já no Largo da Feira, “Judas” é pendurado num plátano, simulando o seu enforcamento, e finalmente queimado perante a população local e muitos visitantes que não perdem a oportunidade de assistir a uma das tradições que marca a quadra.
A iniciativa termina, como habitualmente, com música. Pelas 17h00, na Casa da Cultura, actua a Filarmónica do Espinhal.
De resto, aquela banda acompanhará o referido cortejo, numa arruada que todos os anos, na Páscoa, pretende assinalar o aniversário de uma das suas restaurações, ocorrida, precisamente, naquele domingo festivo de 1976, data a partir da qual não mais voltou a interromper a actividade.
O desfile e a participação na encenação da Queima do Judas “são também formas de preservarmos a tradição”, refere o maestro da filarmónica espinhalense, José Antero, adiantando ainda que o coro da banda, o Grupo Coral Carlota Taylor, realizará um concerto de música sacra alusiva à quadra, na igreja matriz local, em Sábado de Aleluia (20), pelas 23h00, após as cerimónias religiosas habituais desse dia.
Jornal Terras de Sicó
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