A The Navigator Company acaba de inaugurar uma nova caldeira de biomassa no complexo industrial da Figueira da Foz, num investimento global equivalente a 55 milhões de euros, e que irá permitir reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) fóssil, naquele complexo, em cerca de 150 000 a 200 000 toneladas por ano.
Esta é uma redução de 30 por cento das emissões e que se verificarão já em 2021. Um investimento que está enquadrado na estratégia de descarbonização da empresa que decidiu, em 2019, antecipar as metas europeias e propor o ano de 2035 para atingir a neutralidade carbónica de todos os seus complexos industriais. Assim, nesse ano é esperado conseguir-se uma redução de 86 por cento das suas emissões de CO2.
De recordar que a Navigator foi a primeira empresa portuguesa, e uma das primeiras a nível mundial, a definir um objectivo tão ambicioso, que se traduz num investimento total de 154 milhões de euros, dos quais 55 milhões, cerca de 35 por cento, já foram efectuados desde que a Navigator assumiu o compromisso até ao dia de hoje.
Segundo a empresa, “no funcionamento desta nova estrutura serão utilizadas, anualmente, cerca de 400 000 toneladas de biomassa” e, metade deste valor é composto “por resíduos resultantes do descasque interno da madeira do eucalipto (casca e serrim), aos quais se juntam 200 000 toneladas de biomassas residuais florestais adquiridas no exterior, decorrentes das operações de gestão florestal e de limpeza de áreas rurais”.
A nova caldeira vem, assim, permitir que, a partir da biomassa residual florestal, se gere energia térmica para os processos produtivos da Empresa, garantindo eficiências muito mais elevadas na geração da energia (co-geração).
O novo equipamento terá uma maior capacidade e um desempenho ambiental muito mais exigente, resultado da aposta feita pela The Navigator Company na melhor tecnologia disponível actualmente para o efeito.
A fábrica da Figueira da Foz será a primeira do grupo com energia eléctrica totalmente produzida a partir de fontes renováveis, sendo que as restantes fábricas da Navigator vão passar a produzir, tendencialmente, a partir de fontes renováveis 100 por cento da energia eléctrica que consomem, reduzindo as emissões de CO2 de origem fóssil com recurso a novas tecnologias. Isto será possível pela diminuição do consumo específico de energia e, por último, pela compensação, através da floresta gerida pela empresa, ou outras tecnologias dos 14 por cento de emissões que não se conseguem eliminar.
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