Alunos do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho criaram uma exposição para alertar para a violência doméstica e no namoro.
Com o mote “Violência não, passa a palavra da tua indignação”, a iniciativa pretende “alertar e sensibilizar as pessoas para as questões da violência doméstica e no namoro”, referiu Afonso Cadima, em representação dos 23 colegas das turmas D1 e D2 do 10º ano, dos cursos Técnico de Apoio à Gestão Desportiva (TAGD) e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos (TGEI).
“Queremos alertar para estas questões e ajudar a mudar comportamentos, pois não queremos ser mais um número na estatística”, acrescentou.
Presente na abertura da exposição, a presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montemor-o-Velho, Diana Andrade, elogiou o trabalho de todos os envolvidos e destacou, sobretudo, “a criatividade, a entrega e a coragem das alunas e dos alunos em abraçarem uma causa que precisa do contributo de todos”.
Para Diana Andrade, “é muito gratificante para o Município e para a CPCJ assistir ao desenvolvimento de acções no meio escolar que são capazes de ultrapassar preconceitos e os muros da escola. A comunidade transforma-se a partir da escola e, por isso, só temos que agradecer o trabalho da comunidade educativa e continuar a construir um caminho de apoio e parceria nas diversas áreas de desenvolvimento”.
A par da exposição, trabalhada e preparada em várias disciplinas, envolvendo, por exemplo, a área de integração, português ou tecnologias da informação e comunicação, a iniciativa desafia ainda a usar uma fita preta no pulso como forma de divulgar e alertar para as diversas formas de violência.
A “campanha-choque” pensada por jovens e para os jovens também faz uso das redes sociais ao incentivar à partilha de uma imagem de um telemóvel com o texto “Violência Doméstica e no Namoro. Eu sou contra. Eu condeno. Eu denuncio! E Tu?”.
“Face à recepção do tema junto da comunidade escolar e à sua importância, a exposição ‘Violência não, passa a palavra da tua indignação’ vai ser um ponto de partida para continuar a trabalhar as temáticas da violência junto da comunidade escolar”, referiu a professora Ângela Tomé Cabral.
Em 2020, de acordo com a APAV, diariamente 24 mulheres, 5 crianças, 4 homens e 4 pessoas idosas foram vítimas de violência, sendo que em 54,1% das vezes a prática do crime ocorreu na residência comum e 16% das vezes na residência das vítimas.
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