MAAVIM quer justiça contra os culpados pelo abandono das populações

A MAAVIM, Movimento Associativo de Apoio às Vitimas dos Incêndios de Midões, na defesa dos lesados dos Incêndios de Outubro de 2017, informa que deu entrada de novos elementos no Ministério Público no que concerne às habitações que foram recuperadas e que não se enquadravam na legislação.

Alguns desses casos foram denunciados pela CCDR-C, ao qual agora serão juntos novos elementos e declarações importantes, como dos últimos moradores dessas habitações que já não habitavam as mesmas (em alguns casos) à mais de uma década e outras que nem sequer eram habitações.

Em comunicado de imprensa, o MAAVIM refere que “este é um importante passo para a agilização dos processos relativos aos incêndios de Outubro de 2017, sendo mais importantes ainda para as centenas de famílias que nunca receberam qualquer apoio. No caso das habitações permanentes, continuamos a auxiliar nos processos para o apoio negado, que não entendemos que continue em alguns casos a persistir. Não abandonaremos essas famílias, que passados praticamente 4 anos continuam sem a sua habitação que é devida por direito. Relembramos que embora muito se tenha conseguido alcançar nos últimos 4 anos, ainda temos famílias em desespero e sem solução à vista. A intervenção de alerta e chamada de atenção efectuada pela Maavim em conjunto com outros intervenientes, conseguiu que os apoios à agricultura fossem alargados, que fossem aprovadas dezenas de habitações permanentes a quem tinha sido vedado o devido apoio, apoios para a Industria com mais prazos e comparticipação, mas falta muita coisa para fazer, principalmente na floresta e no apoio aos milhares de agricultores que ficaram impedidos de receber o mesmo apoio, sem terem qualquer culpa. Acrescem as famílias que continuam sem habitação por direito e que continuamos a defender”.