Ana Paula Sançana, Arnaldo Batista, Luís Antunes, Susana Menezes e José Brito
A promoção do destino Lousã não pára e, logo depois do festival gastronómico “Sabores de Outono”, começa a “melhor feira do mel do país”, que celebra os seus 30 anos, entre 15 e 17 de Novembro.
A Feira do Mel e da Castanha e da Lousã é, já, um evento incontornável na programação anual da Câmara Municipal que, uma vez mais, divulga e promove “a identidade do concelho e da região, aliando a tradição à promoção do território e que ano após ano tem crescido no nível de visitantes”, afirmou Luís Antunes, presidente da autarquia, na apresentação do certame.
O autarca considera que esta “é a melhor feira do país porque tem o melhor mel de Portugal, o Serra da Lousã DOP, que apesar das contrariedades tem conseguido manter a sua qualidade. Luís Antunes referiu-se a uma importância ainda maior deste evento após os incêndios de 2017, no sentido em que representa “um estímulo adicional para quem trabalha, especialmente, na apicultura”. “É uma forma de encorajamento e confiança para que ultrapassem as dificuldades”, adiantou o édil.
O retorno económico, para todo o concelho e, em particular, para todos os produtores é outra das mais-valias apontadas por Luís Antunes, que convida à visita pelo território da Lousã, o seu património natural e edificado.
Entre 15 e 17 de Novembro, no Parque Municipal de Exposições e em três outras tendas adjacentes vão marcar presença mais de 150 expositores, entre os quais duas dezenas de apicultores; 18 vendedores de castanhas e outros frutos secos; 35 instituições; 60 artesãos (de representatividade nacional); cinco tasquinhas dinamizadas por associações do concelho e 12 stands de produtos gastronómicos de âmbito nacional.
A juntar à vertente expositiva, o certame conta ainda com uma programação cultural diversificada, de onde se destacam ateliers, “showcookings” e a tradicional caminhada de São Martinho e o magusto. Do programa faz, ainda, parte o espectáculo de stand-up de Hugo Sousa, a actuação de “Doutor e os Aflitos” e de “Funil & Abelinha”, bem como de outros grupos locais.
O presidente da Câmara da Lousã destacou, ainda, o facto de o evento ter tido “uma evolução positiva, quer quantitativamente, como qualitativamente, o que evidencia o trabalho feito na conjugação de elementos identitários, mas também na introdução de factores de interesse adicionais”, relembrando que a feira tem sido realizada, ininterruptamente há 30 anos.
Ana Paula Sançana, da Cooperativa Lousãmel, sublinhou o orgulho que tinha em continuar a participar nesta, que considera ser “a melhor do mundo”.
Quanto ao mel, e embora admita que continuam “na luta contra todas as adversidades”, também realça que a recuperação foi “excelente”, contudo as quantidades produzidas ainda não são as desejadas.
“Que este seja o ano de viragem para todos e estamos confiantes”, afirmou, notando que a 09 de Novembro se realiza um seminário, aberto a toda a população, sob o tema “À volta das abelhas”.
Na apresentação do evento, que decorreu na Praxis, em Coimbra, marcou ainda presença José Brito, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que fez questão de realçar a importância dos produtos endógenos da região e deste eventos para todos os territórios e, nomeadamente, para “Coimbra – Região Europeia da Gastronomia 2021”.
Também Susana Menezes, directora regional da Direcção de Cultura do Centro, afirmando que a cultura é, também “um apoio ao desenvolvimento dos territórios”, comparando-a à gastronomia e aos produtos endógenos.
Logo no primeiro dia da feira, na sexta-feira (15), pelas 19h30, o grande destaque da programação vai para a apresentação da nova cerveja artesanal “Lausus”, criada pelos especialistas da cervejaria conimbricense Praxis.
Luís Antunes, autarca lousanense, disse tratar-se de “um projecto de referência, com um papel importante na promoção da Lousã, que conjuga tradição e inovação”.
Já Pedro Batista, da cervejaria Praxis, explicou que a inspiração veio de experiências anteriores na Feira do Mel e da Castanha, mas também da vila da Lousã e do seu “ecossistema rico”.
Esta cerveja, que se identifica com o estilo Pilsen, foi criada com diversas ervas, em particular a da planta do Xisto, bem como com poejo, hortelã-pimenta e ribeira e lúcia-lima.
A ideia foi “criar uma cerveja que se beba facilmente, um produto aceitável e que pudesse ter futuro, não perdendo as raízes mas que se tornasse num produto comercial”, esclareceu Pedro Batista.
Também Arnaldo Batista, sócio-gerente da Praxis, destacou o novo produto como “mais uma âncora, a par do Licor Beirão, para enraizar e fortalecer ainda mais o destino Lousã”.
Jornal Campeão das Províncias


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