COIMBRA,30 de Junho de 2025

João Assunção eleito presidente da AAC com 86 por cento de abstenção

20 de Novembro 2020 Rádio Regional do Centro: João Assunção eleito presidente da AAC com 86 por cento de abstenção

O vice-presidente da Direcção-Geral cessante João Assunção foi, ontem (19), eleito presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), com 90,68 por cento dos votos, num acto eleitoral que registou uma abstenção de cerca de 86 por cento.

João Assunção, candidato pela lista G (Académica de Gerações), com 24 anos e natural de Coimbra, é estudante de mestrado em Direito, e foi vice-presidente da actual Direcção-Geral, algo comum com os últimos três presidentes eleitos, desde 2015, todos eles vice-presidentes antes de assumirem o cargo.

A lista G venceu as eleições para a presidência da AAC com 2 724 votos (90,68 por cento), com a outra lista candidata, lista F (Académica de Futuro), encabeçada por Diogo Vale, a contabilizar 280 votos (9,32 por cento), de acordo com o website dedicado às eleições da AAC, com resultados contabilizados e validados pela Comissão Eleitoral.

Segundo a mesma fonte, as eleições decorreram em 25 urnas da Universidade de Coimbra, tendo votado 3 178 estudantes, registando-se uma taxa de abstenção de 85,9 por cento, de um total de 22 517 eleitores inscritos.

Esta é das maiores taxas de abstenção de que há memória nas eleições dos últimos anos para a Associação Académica de Coimbra, inferior ao resultado de 2019, também ele muito baixo, em que votaram 4 040 estudantes.

Registaram-se 35 votos nulos e 141 votos em branco (que não são considerados para a contabilização da votação final).

Na segunda-feira (16), decorreu o voto antecipado no edifício da AAC, tendo votado cerca de 400 estudantes, um número substancialmente superior ao de 2019 (53 eleitores), ano em que esta opção aconteceu pela primeira vez nas eleições desta Associação.

João Assunção sucede assim a Daniel Azenha, que foi presidente da Direcção-geral da AAC nos últimos dois anos.

Na terça-feira (17), o presidente eleito tinha afirmado à agência Lusa que considerava que a associação estudantil não deve trabalhar apenas as reivindicações na área do ensino superior, mas ter também uma voz em “temas emergentes da sociedade civil portuguesa”, como a igualdade social, a política ambiental e a defesa dos valores democráticos.

“A Académica tem-se restringido de forma gravosa para aquilo que era a imagem de marca da academia. Eu quero resgatar a discussão de temas da sociedade civil que possam não ter nada a ver com o ensino superior – temas que têm um impacto na nossa geração, mas também nas futuras”, asseverou.

Sobre os possíveis impactos da pandemia na comunidade estudantil, João Assunção salientou que será necessário ter atenção a um possível “aumento substancial do abandono escolar fruto da quebra de rendimentos e do aumento do desemprego”, referindo que só estará “descansado quando nenhum estudante abandone o ensino superior por motivos do foro sócio-económico”.

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