Investimento de mais de 20 milhões fortalece Porto da Figueira da Foz

São 21,9 milhões de euros que estão a ser investidos no Porto da Figueira da Foz para permitir receber navios de maior dimensão, acompanhando, assim, a evolução do transporte marítimo internacional e dando mais impulso à economia da Região Centro.

No domingo, a Administração do Porto da Figueira da Foz abriu as portas à comunidade para dar a conhecer a actividade desta infra-estrutura portuária e possibilitar uma visita às obras de melhoria das acessibilidades marítimas, iniciativa integrada nas comemorações do aniversário e que incluiu uma visita guiada às áreas operacionais.

Conforme realçou o presidente do Conselho de Administração, Eduardo Feio, acompanhado do administrador Carlos Monteiro e do director Joaquim Sotto Maior, o Porto da Figueira da Foz, próximo de duas auto-estradas e com ferrovia, é uma importante infra-estrutura para a economia regional e nacional.

Com uma área de 600 hectares, o Porto da Figueira da Foz movimento anualmente cerca de 2 mil milhões de toneladas de carga, das quais mil milhões de toneladas são de pasta de papel e de madeira. A importância deste porto não se fica pelas mercadorias exportadas e importadas, sendo um dos motores económicos da região, mas alcança também as áreas de pesca, do turismo, da inovação (com intervenção da Universidade de Coimbra), da fabricação de conservas, a aquacultura e os estaleiros navais.

Actualmente decorre a bom ritmo a empreitada adjudicada à Mota-Engil, com conclusão prevista para 2026, que contempla o aprofundamento do canal de navegação e o alargamento da frente de cais, de forma a permitir a recepção de navios de maior dimensão.

Cais mais largo e mais profundo

O principal objectivo da empreitada é garantir que, após a intervenção no canal de navegação e no cais comercial, o Porto da Figueira da Foz possa operar navios de maior porte e com maior segurança, beneficiando todas as embarcações que utilizam a área portuária.

Para isso, está previsto o aprofundamento da barra, do canal de navegação e da bacia de manobras (desde a barra até à ponte Edgar Cardoso), a ampliação do cais e o seu apetrechamento – incluindo o aprofundamento, infra-estruturas hidráulicas e eléctricas de apoio, construção de um novo pontão para estacionamento de rebocadores, remoção dos molhes da Doca dos Bacalhoeiros e reabilitação dos paredões de poente e nascente -, permitindo a criação de uma bacia de manobra em frente ao cais acostável. A empreitada inclui ainda trabalhos de minimização de impacto ambiental e acções arqueológicas.

A nova estrutura será suportada por 126 estacas metálicas, sendo que só esta componente de betão armado e fundações representa um investimento de 5,38 milhões de euros – cerca de 26% do valor total da empreitada. O projecto prevê ainda o apetrechamento do novo cais com equipamentos de apoio à operação portuária, como defensas, cabeços de amarração, escadas metálicas e argolões, com vista a uma maior segurança e funcionalidade.

A obra é cofinanciada por várias fontes: 9,1 milhões de euros através do programa “Sustentabilidade 2030”, 4,4 milhões de euros por empresas privadas com actividade no porto (Celbi, Navigator, Operfoz e Yilport) e 8,4 milhões de euros com fundos próprios da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF).

As fontes de financiamento tornam este um projecto “diferenciador em termos de investimento em infra-estrutura”, sendo esta a primeira vez que, em Portugal, há um investimento privado a apoiar directamente a infra-estrutura portuária.

Fonte: Campeão das Províncias