COIMBRA,5 de Dezembro de 2024

Filarmónica Vilanovense com nova sede como prenda dos 140 anos

2 de Março 2018 Rádio Regional do Centro: Filarmónica Vilanovense com nova sede como prenda dos 140 anos

Os 140 anos da  Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense (SFRBV), de Vila Nova de Anços, vai ser assinalados em grande, no fim-de-semana de 10 e 11 de Março, com a inauguração da nova sede, há muito esperada.

“É um sonho que já vem de alguns anos. Tivemos o azar de passarmos pelos anos da crise, em que os apoios baixaram e os serviços da filarmónica também decresceram, mas conseguimos paulatinamente levar a água ao nosso moinho e estamos muito contentes com isso”, referiu ao TERRAS DE SICÓ o presidente da direcção, Porfírio Quedas, a propósito da conclusão da obra, quase uma década após o seu lançamento.

A nova sede está dotada de “quatro boas salas de formação, com o equipamento acústico adequado”, para a escola de música, uma sala de ensaios para a filarmónica, além de um outro espaço adjacente disponível para utilização vária.

“Preocupamo-nos em dotar a sede de salas de formação, que não tínhamos, para a escola de música, que é o nosso pilar. É fundamental para o futuro da filarmónica ter uma escola a funcionar em pleno”, sustenta o dirigente.

O também presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Anços destaca os apoios da Câmara de Soure e da própria junta para a execução do projecto a inaugurar dentro de dias. “O Município foi um parceiro fundamental. Há nove anos deu-nos um incentivo ao arranque da obra, com a cedência do terreno, e depois através de protocolos apoios financeiros para a sua execução. A Junta também teve um papel relevante, aplicámos igualmente receitas próprias e o apoio de empresários e sócios, mas sem a autarquia de Soure não seria possível a construção”, admite Porfírio Quedas, que aponta um valor final para a obra a rondar os 160.000 euros, sem contabilizar o “muito trabalho e as muitas horas” despendidas por directores, músicos e sócios.

A sede actual, que irá ser desactivada, foi construída no início da década de 1990 e não dispõe de condições físicas e acústicas que permitam o desenvolvimento da SFRBV. Segundo Porfírio Quedas, os sócios da associação terão agora uma palavra a dizer sobre o destino a dar às instalações que irão ficar desocupadas.

 

Verão cheio

A SFRBV está bem e recomenda-se. Ultrapassada a crise económica, os últimos dois anos já têm trazido muitas actuações à Filarmónica e, pelos vistos, assim vai continuar a ser. “Para este ano, as perspectivas são boas, porque para o mês de Agosto já temos os fins-de-semana todos ocupados e os restantes meses também estão bem compostos”, adianta o dirigente.

Porfírio Quedas admite que este possa ser o último ano à frente dos destinos da SFRBV, recordando o compromisso da direcção em se manter no cargo até à conclusão da obra da nova sede. O mandato termina em Dezembro próximo e “é nossa pretensão que haja uma alteração de dirigentes, já são muitos anos, já há algum cansaço”.

“Fazia bem à Filarmónica haver pessoas com outra dinâmica que já não conseguimos ter devido a algum cansaço motivado por tantos anos em funções, pelo que é nossa pretensão acabar este mandato e não continuar”, reafirma o líder da agremiação.

LUÍS CARLOS MELO

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