O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) reuniu-se com os Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz e constatou “uma deficiência gritante” de meios de socorro à população, segundo anunciou no domingo.
“Desde há muito tempo que se verifica que existe por parte da autarquia da Figueira da Foz uma negligência inaceitável, no que concerne a dotar esta corporação de Bombeiros Sapadores dos meios humanos e técnicos para poder responder de forma capaz às necessidades”, disse o Sindicato, na sequência da reunião realizada a 18 de Maio.
De acordo com o SPAL, um dos actuais problemas é o reduzido número de elementos da corporação, que é constituída por 32 elementos. Esta situação, que resultou da “aposentação de muitos efectivos e da falta de abertura de concursos para a contratação de novos efectivos”, resulta numa “deficiente resposta às ocorrências” e na saída de viaturas com guarnições incompletas.
No que diz respeito a condições técnicas, condições de trabalho, equipamentos e viaturas, “este corpo de Bombeiros é completamente deficitário”, disse o SPAL, justificando que não existe “uma ambulância de socorro, nem veículos ligeiros de combate a incêndios (VCLI) capazes de fazer face a uma ocorrência na parte histórica em ruas mais estreitas da cidade ou da sua periferia”. Para além disto, o SPAL afirma não haver equipamentos de protecção para combates a incêndios florestais, nem um espaço físico adequado para a troca de equipamentos.
Segundo o SPAL, os Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz não possuem também uma viatura auto-escada, já que esta está avariada desde 2014, o que “impede de forma determinante o combate a incêndios e salvamentos em altura”. Um exemplo disto foi o incêndio na Rua de Coimbra, a 27 de Abril, para o qual foi necessário activar uma viatura auto-escada da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Soure. “Note-se que para este efeito esta viatura demora mais de 40 minutos a estar posicionada e pronta para actuar e não será difícil de imaginar as consequências desastrosas do ponto de vista operacional e humano que estas situações acarretam”, disse o SPAL.
Para o Sindicato, o facto de o comandante da corporação afirmar à comunicação social de que dispõe de meios suficientes para responder as ocorrências é “contrastante” com o que verificou, garantindo que esta posição “não é manifestamente verdade”.
“O STAL exige que a Câmara Municipal da Figueira da Foz assuma as suas responsabilidades tome as medidas necessárias e mais que urgentes, mesmo que de forma tardia e irresponsável, para dotar esta corporação de Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, dos meios humanos e técnicos necessários para cumprir a sua missão de socorro e salvamento”, concluiu o Sindicato.
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