A Figueira da Foz vai investir cerca de 37 milhões de euros para mitigar erosão costeira e melhorar o acesso ao porto da cidade, com três milhões de metros cúbicos que serão transpostos para as praias a sul da barra.
O investimento, com recurso a fundos comunitários e feito em parceria entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Administração do Porto da Figueira da Foz e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, vai permitir a transposição de três milhões de metros cúbicos de areia a norte da barra (que de momento dificulta a entrada no porto), que serão depois depositados nas praias a sul, procurando mitigar o efeito de erosão costeira sentido naquela zona, explicou a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que esteve, ontem, presente na assinatura do protocolo deste projecto.
A iniciativa, frisou, permite “aumentar a segurança do transporte marítimo e das embarcações” e, também, “aumentar a competitividade económica” do porto da Figueira da Foz.
A este investimento, de cerca de 19 milhões de euros, junta-se outro, de cerca de 18 milhões de euros, centrado na melhoria das acessibilidades marítimas, designadamente nos acessos dentro do porto.
Com estes dois investimentos, realçou Ana Paula Vitorino, pretende-se que o Porto da Figueira da Foz consiga ter a capacidade “que tem hoje o Porto de Setúbal”, podendo, no futuro, receber navios de carga geral com maior capacidade. “Vai permitir que a Figueira da Foz possa receber navios maiores, potenciando o crescimento económico” do concelho, disse.
Durante a sessão, que decorreu na Câmara Municipal, o presidente do Município, João Ataíde, (ainda antes de ser anunciado que iria tomar posse como secretário de Estado do Ambiente) salientou que esta medida, além de “estabilizar a entrada” no porto, dá “um grande contributo no combate à erosão costeira”.
A APA vai também lançar um concurso internacional para ser realizado um estudo para definir qual a melhor solução para se fazer a transposição sedimentar, a longo prazo, na zona da Figueira da Foz.
Na cerimónia, também esteve presente o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que referiu que a intervenção deve arrancar entre o final do Verão e início do Outono.
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