Susana Paixão, docente do departamento de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC), integra um grupo de trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS) que está presente na Cimeira do Clima (COP 25), em Madrid.
Até 13 de Dezembro, “este grupo de especialistas vai debater o envolvimento do sector da saúde na mitigação e adaptação às alterações climáticas”, explica a Escola, adiantando que a sua docente Susana Paixão está integrada na delegação da OMS e irá participar em diversos painéis da COP 25, mas também nas reuniões do “Civil Society Working Group to Advance Action on Climate and Health”.
Criado em 2017 pelo director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, este grupo reúne representantes das principais Organizações Não Governamentais mundiais da área da saúde com um papel activo no combate às alterações climáticas.
Susana Paixão integra a equipa enquanto representante da Federação Internacional de Saúde Ambiental (IFEH) – organização para a qual foi eleita presidente, para o biénio 2020-22.
Este grupo de especialistas da OMS trabalha o impacto das alterações climáticas na Saúde, analisando possíveis reformas nos sistemas de saúde, estudando alterações políticas e legislativas, realizando pesquisa e promovendo projectos de educação pelos pares. Todos os elementos trabalham de forma individual (nas suas organizações), mas também colaborativa, com o objectivo de “aumentar o envolvimento do sector da saúde na resposta às alterações climáticas”, adianta o ESTeSC.
Note-se que a OMS alerta para o crescimento dos riscos para a saúde associados às alterações climáticas, identificando, contudo, falta de financiamento para contornar este problema, nota, acrescentando ainda que num relatório apresentado esta terça-feira na GOP25, “a Saúde surge entre os cinco sectores mais frequentemente descritos como vulneráveis às alterações climáticas sem que, no entanto, esse perigo se traduza no necessário nível de implementação e apoio por parte dos governos”, nota Susana Paixão.
Relatórios anteriores mostram que o valor dos ganhos em saúde com a redução das emissões de carbono seria aproximadamente o dobro do custo de implementação dessas acções a nível global, e que o cumprimento das metas do Acordo de Paris poderia salvar cerca de um milhão de vidas por ano em todo o mundo até 2050, apenas através da redução da poluição.
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