Conhecida vulgarmente como ‘impotência’, a disfunção eréctil é um problema que praticamente afectou todos os homens em algum momento de sua vida adulta. Especialistas explicam os segredos para reverter o quadro e a importância da participação do casal.
Se consegue desconstruir alguns preconceitos estabelecidos sobre a problemática, a única coisa que fará é afirmar a instalação da disfunção. 40 por cento dos homens depois dos 40 anos têm problemas de erecção; entretanto, são muito poucos os que procuram ajuda.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a saúde sexual é um estado de bem-estar físico, mental e social. Entretanto, problemas nos homens como a disfunção eréctil podem dar uma volta.
“O tabu é um problema dos homens, pois são poucos os que vão sozinhos fazer uma consulta. Muitas vezes devem ir estimulados pelas suas mulheres ou parceiras sexuais. O incrível é que quase 18 anos depois do lançamento do Viagra isto continua a ser um tema tabu”.
Mas o que é exactamente a disfunção eréctil? Quando um homem sente excitação sexual, o seu cérebro envia um sinal para o nervo do pénis, que activa a circulação sanguínea ao tecido cavernoso. Como uma espécie de esponja, ao encher-se de sangue expande-se e a expansão produz ao mesmo tempo a compressão das veias, retendo o sangue, o que produz o aumento de longitude e espessura do pénis, que se endurece. Por diversos motivos, às vezes isto não acontece normalmente. Segundo dados de pesquisas a disfunção eréctil ou a incapacidade de obter uma erecção ou de mantê-la com a suficiente firmeza para ter uma relação sexual até pode ser um sinal precoce de alerta de problemas cardíacos actuais ou futuros. Há uma correlação directa entre a disfunção eréctil e problema de enfartes e derrames. Não tem nada a ver com a medicação, somente com a doença.
Do mesmo modo, sabe-se da importância que assim como se procura ajuda para a pressão arterial alta, é também importante que se procure ajuda ante uma disfunção eréctil, dado que isto até pode ajudar a erradicar problemas mais graves. Os pacientes com diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, problemas de crescimento prostático e depressão, são os mais vulneráveis a padecer desta doença.
O sexo não tem idade – A frase “o sexo não tem idade” significa que nunca é tarde para procurar ajuda. Isto é, homens com mais de 80 anos podem ser beneficiados com os tratamentos actuais. Além disso, o apoio do parceiro é essencial para lidar com a doença.
Muitas mulheres pensam que os seus parceiros já não gostam dela quando não há reacção; entretanto, o casal deve entender que ele precisará de ajuda para a sua resposta sexual. E depois disso, poderão programar a sua vida sexual e determinar momentos. Claro, não se vai ter a espontaneidade dos 18 anos, mas a satisfação é a mesma.
Contudo, no caso de pacientes diabéticos, o problema não será resolvido só com medicamentos. O paciente deve manter uma condição física adequada através de uma boa alimentação e exercício.
Condição médica – Os especialistas indicam que existem diversas causas para esta patologia. Como já foi mencionado pode ser graças a problemas vasculares, mas problemas físicos irreversíveis e psicológicos também têm destaque.
Há pessoas que têm problemas físicos de fundo ou problemas irreversíveis, como: transtornos nas veias, inclusive podem observar casos de pacientes que tiveram lesões na zona. Mas, através da medicação melhoram o seu desempenho sexual, mas não pode ser levado à plenitude.
Além disso, os especialistas dizem que existem problemas emocionais ou psicológicos. Este diagnóstico dá-se quando os pacientes que não conseguem ter erecções, mas fisicamente não têm nenhum problema. Talvez tiveram uma má experiência.
Mas, existe cura? Os especialistas respondem que tudo depende da causa. Isto é, se sua disfunção eréctil se deve a algo emocional, provavelmente as suas possibilidades de melhorar são maiores. Porém, se tudo deriva da diabetes ou hipertensão, o quadro é mais complicado.
A mulher cumpre um papel fundamental. Ela pode intensificar a problemática ou ajudar a combatê-la, acompanhando o seu parceiro nas consultas. Há mulheres que se ofendem se o homem tomar alguma medicação como o famoso “comprimido azul” porque o sentem como um golpe narcisista, pois aparentemente o homem deveria ter uma erecção naturalmente apenas olhando para elas.
E também há quem decida não falar do assunto ou não comunicar o que lhes acontece. Solução? É bom entender que somos seres humanos, não robôs. Entender a problemática faz-nos sair dela. Equipas de urologistas, endocrinologistas, cardiologistas e especialistas em diabetes tentam tratar da problemática.
O ideal seria acompanhar qualquer tipo de intervenção médica com uma terapia sexológica definida como uma terapia breve que trabalha sobre o sintoma sexual e trata de quebrar os círculos viciosos que a única coisa que fazem é reforçar ou afirmar o sintoma.
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