COIMBRA,6 de Outubro de 2024

Confinamento prolonga-se até final de Março e Páscoa terá de ser diferente

12 de Fevereiro 2021 Rádio Regional do Centro: Confinamento prolonga-se até final de Março e Páscoa terá de ser diferente

O primeiro-ministro, António Costa, assumiu, ontem (11), que o actual nível de confinamento terá que ser mantido durante o mês de Março e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu essa mesma medida, sem “sinais errados para a Páscoa”, para evitar um retrocesso na contenção da covid-19 em Portugal.

António Costa considerou que este não é o momento de começar a “discutir desconfinamentos totais ou parciais”. “Nós temos que manter o actual nível de confinamento, seguramente para os próximos 15 dias e que devemos assumi-lo realisticamente que o teremos que manter ainda durante o mês de Março”, disse aos jornalistas António Costa no Palácio da Ajuda, em Lisboa, no final do Conselho de Ministros para decidir as novas medidas para o estado de emergência cuja autorização para a renovação até 01 de Março foi aprovada pelo parlamento, na tarde de quinta-feira.

O governante deu um sinal positivo sobre o actual confinamento e reconheceu o “esforço cívico” dos portugueses, afirmando que o confinamento está a produzir resultados, com uma “redução de novos casos” que se traduz numa redução significativa do risco de transmissibilidade.

Apesar destes resultados, o chefe do Executivo avisou que “a situação continua a ser extremamente grave”.

“E esta gravidade, se se traduz no aumento de internados, se se traduz no aumento de internados em cuidados intensivos, traduz-se também no elevadíssimo número de óbitos diários. Está a diminuir também, mas não nos podemos conformar com aquilo que são os números que ainda temos. São absolutamente inaceitáveis”, enfatizou.

Comparando com o máximo de óbitos diários que houve na primeira vaga, quando todos os portugueses se mobilizaram “para combater esta pandemia”, os números que Portugal tem actualmente “são absolutamente inaceitáveis”.

Já Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o estado de emergência e o actual confinamento geral devem manter-se “Março fora”. “Temos de sair da Primavera sem mais um Verão e um Outono ameaçados. Em vida, saúde, economia, sociedade. Temos de assegurar que a Páscoa, no início de Abril, não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nestas semanas”, afirmou o Presidente da República numa comunicação ao país, após decretar a renovação do estado de emergência até 01 de Março.

O chefe de Estado apontou como metas até à Páscoa, que será no início de Abril, reduzir o número de novos casos diários de infecção “para menos de 2 000”, de modo a que “os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de 5 000 e mais de 800 agora para perto de um quarto desses valores”.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu, ainda, que se procure uma estabilização “duradoura, sustentada, sem altos e baixos”, colocando a propagação do vírus em “números europeus”.

Sobre o futuro desconfinamento, advertiu: “Temos de, durante essas semanas, ir estudando como, depois da Páscoa, evitar que qualquer abertura seja um novo intervalo entre duas vagas”.

O Presidente da República apelou, também, a uma melhoria do rastreio de pessoas contaminadas com covid-19, “com mais testes, mas sobretudo com mais operacionais”, e a que se tenha presente “o desafio constante da vacinação possível”, considerando que “sem essas peças-chave não haverá um desconfinamento bem sucedido”.

Uma das medidas a serem revistas neste próximo estado de emergência prende-se com a autorização para a venda de livros e materiais escolares em estabelecimentos como supermercados e hipermercados, mas mantendo-se a proibição de venda em relação a outros bens não essenciais

O actual período de estado de emergência termina às 23h59 do próximo domingo (14), tendo a renovação efeitos a partir das 00h00 de 15 de Fevereiro, até às 23h59 de 01 de Março.

Jornal Campeão das Províncias

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