Concertos de Páscoa evocam legado de Papa Francisco em Coimbra e Fátima

A Orquestra Clássica do Centro prepara-se para realizar dois concertos profundamente simbólicos e de entrada gratuita, nos dias 26 e 27 de Abril, respectivamente na Sé Nova de Coimbra (21h30) e na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima (15h30). O concerto de dia 26, que encerra a programação pascal do Município de Coimbra, será especialmente dedicado à memória do Papa Francisco.

Sob a direcção do maestro Sergio Alapont, a Orquestra será acompanhada pelo Coro Ricercare e por um elenco de solistas de reconhecido talento: Eva Braga Simões (soprano), Maria João Gomes (mezzo-soprano), Tiago Sousa (tenor), Nuno Mendes (soprano), Ricardo Toste (órgão) e Lauro Lira (violoncelo). O programa inclui duas obras de forte carga emocional e espiritual: a Missa Ad Astra, do compositor português Rui Paulo Teixeira, e o Concerto para Violoncelo n.º 1 em Lá Menor, Op. 33, de Camille Saint-Saëns.

O concerto em Coimbra assume este ano um significado muito particular, por ser oferecido em honra do Papa Francisco. Nas palavras do padre. Manuel Carvalheiro, “a música será expressão comprometida com a criação de um mundo novo, mais fraterno e mais de Deus”, evocando o legado de um pontífice cuja vida foi marcada pela humildade, pelo serviço aos mais frágeis e pela promoção incansável da paz e do diálogo.

“Foi o Papa Francisco que nos desafiou a ‘alargar a tenda’, a acolher todos sem excepção, a ser uma Igreja sinodal e inclusiva. A sua visão da Igreja como ‘hospital de campanha’ deixa-nos uma herança de ternura, coragem e esperança”, refere ainda o sacerdote. Num excerto do discurso que o Papa dirigiu aos artistas em Fevereiro último, recorda-se: “O artista tem a função de ajudar a humanidade a não se desnortear (…) Educar para a beleza significa educar para a esperança”.

A realização dos concertos conta com o apoio da Diocese de Coimbra, do Santuário de Fátima, do Município de Coimbra e da Direcção-Geral das Artes, reafirmando a importância da cultura como elo entre fé, arte e comunidade.

As entradas são livres, sem necessidade de reserva, estando sujeitas à lotação dos espaços.

Fonte: Campeão das Províncias