O Festival Caminhos do Cinema Português apresentou hoje a programação da sua 31.ª edição, que decorrerá entre 15 e 22 de Novembro em Coimbra. A sessão realizou-se no Estúdio 1 do Edifício Avenida, sede da Casa do Cinema de Coimbra, com a presença de representantes da Câmara Municipal, da Universidade de Coimbra, do TAGV e dos municípios parceiros da Mealhada e de Penacova.
Na abertura, o coordenador-geral e membro da Direcção, Tiago Santos, afirmou que o festival vive “um ponto de partida para uma nova fase”, defendendo a valorização da cultura cinematográfica “não só de Coimbra, mas de toda a região”. Para o responsável, o desafio da próxima década é “crescer e florescer no que respeita ao cinema e ao audiovisual”.
Maria Carlos Pêgo, directora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara de Coimbra, sublinhou que o Caminhos “é muito mais do que um festival, é um evento estratégico para a cidade e para a região”. Recordou que os Estúdios 1 e 2 do Avenida foram adquiridos pelo município em 2022 e que a gestão e programação do Estúdio 2 foram atribuídas à Associação Caminhos, enquanto o Estúdio 1 foi cedido este ano para acolher a incubadora Cineway, dedicada às indústrias criativas do cinema e do audiovisual. A dirigente lembrou ainda do investimento municipal de cerca de 520 mil euros na requalificação do Estúdio 2, destinado a dotar Coimbra “de equipamentos culturais de excelência”.
O vice-Reitor Delfim Leão, da Universidade de Coimbra, destacou a constância e a qualidade do evento, que, segundo disse, “se tornou o mais importante do género no país”. Garantiu que a Universidade continuará a ser “um pilar de segurança” do projecto, reforçando a ligação entre produção cinematográfica e formação superior.
A representante da Câmara da Mealhada, Filomena Pinheiro, sublinhou a dimensão educativa do festival e a importância de formar públicos desde cedo. Considerou a parceria “uma honra e uma responsabilidade”, por contribuir para “democratizar a cultura e aproximar as novas gerações das salas de cinema”. O Cine-Teatro Messias, que integra a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, mantém programação regular de cinema, incluindo obras nacionais – um esforço que o Município pretende ampliar com a participação no Caminhos.
Do lado do TAGV, o seu director, Sílvio Correia Santos, descreveu o festival como “um exemplo de resistência cultural”, destacando o papel da associação na preservação dos espaços de exibição e no estímulo ao encontro entre criadores e públicos.
O programador João R. Pais encerrou a sessão lembrando “a magia do cinema em sala”, capaz de “derrubar paredes e gerar emoções coletivas”. Sublinhou que o Caminhos pretende continuar a aproximar criadores e espectadores, dando visibilidade ao cinema português premiado dentro e fora do país.
A 31.ª edição mantém as secções competitivas – Selecção Caminhos, Ensaios e Outros Olhares – e apresenta programação para todas as idades e acções formativas. A festa de apresentação pública decorre esta sexta-feira à noite, no mesmo Estúdio 1, simbolizando o novo ciclo que o festival quer imprimir à Casa do Cinema.
Mais do que uma mostra anual, o Caminhos reafirma-se como plataforma de encontro entre cinema, território e comunidade, fortalecendo a coesão cultural e a presença do cinema português na Região de Coimbra.
Fonte: Campeão das Províncias
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