Montemor-o-Velho recebe este fim-de-semana (7 e 8 ) as últimas propostas do festival. Uma estreia e uma série de acontecimentos únicos que resultam de residências de criação, marcam o encerramento do programa.
Amanhã (05), o colectivo Orquestina de Pigmeos partilha com os espectadores o seu processo de trabalho em torno do Rio Mondego; na sexta-feira (06), uma leitura encenada de textos em progresso escritos em Montemor-o-Velho, numa abordagem ao projecto LIVROs, de Nuno M. Cardoso. A fechar o programa, a 07 de Agosto, Carolina Campos e Márcia Lança apresentam em estreia Outro Lado é Um Dia, no Castelo de Montemor-o-Velho.
De 05 a 07 de Agosto ainda pode ver a peça de vídeo-arte, Actus, de Kika Nicolela, na Junta de Freguesia de Montemor-o-Velho. Esta semana todos os espectáculos terão início às 22h30
O colectivo Orquestina de Pigmeos, fundado pelo músico Nilo Gallego e pelo criador audiovisual Chus Domínguez, nasce com a apresentação de uma performance num canal do Rio Mondego, na edição de 2009 do Citemor. Mais de dez anos depois, e após um caminho de experimentação na fronteira de várias disciplinas artísticas, que os levou a vários festivais e teatros da Europa, a dupla regressa ao rio onde nasceu para continuar uma exploração em torno do movimento: o livre fluir da água do rio, o movimento de barcos e corpos, o refluxo e fluxo das marés perto da foz do rio, etc. Este projecto conta com a participação do músico Katsunori Nishimura.
Orquestina de Pigmeos transforma situações quotidianas em experiências artísticas extraordinárias implantadas em vários meios: no curso de um rio, no passeio de um pastor com o seu rebanho, num vulcão ao nascer do sol ou num cais enquanto a maré sobe. As suas criações utilizam elementos retirados de diferentes disciplinas artísticas, principalmente a arte sonora, a performance, o cinema e a música.
O colectivo partilha com o público o processo de criação de Mondego 2021, numa apresentação informal do projecto, no dia 05 de Agosto, pelas 22h30, no Teatro Esther de Carvalho, em Montemor-o-Velho. Este projecto culmina na edição de 2022.
No dia 06 de Agosto, também no Teatro Esther de Carvalho, uma leitura de excertos dos textos em progresso do projecto LIVROs, uma colecção de peças inéditas escritas por Ana Moreira, Jorge Palinhos, Jorge Louraço Figueira, Marta Freitas, Rui Pina Coelho e Vanessa Sotelo. O trabalho dos autores consiste na produção de textos inspirados em episódios bíblicos, a partir dos quais serão feitas obras com direcção e interpretação de Nuno M. Cardoso. Em residência artística, em Montemor-o-Velho, encontram-se Jorge Louraço Figueira, Jorge Palinhos e Rui Pina Coelho. Para assistir às 22h30.
A fechar o festival deste ano, Carolina Campos e Márcia Lança, estreiam o seu mais recente trabalho Outro Lado é um Dia. As criadoras situam o lugar da peça na escrita. Utilizando o recurso da escrita em tempo real, Carolina Campos e Márcia Lança explicam que há uma relação entre acção e texto, entre realidade e ficção. Um espectáculo sobre as várias narrativas de fins de mundo, de onde vêm essas histórias, como é que cada um vê o seu fim ou como é que o mundo de cada um acaba.
Durante os três últimos dias, o festival dá continuidade à extensão dos Loops.Lisboa, evento dedicado à vídeo-arte a que o Citemor está associado desde a primeira edição. Os espectadores podem assistir a Actus, de Kika Nicolela, uma peça vídeo instalada na Junta de Freguesia de Montemor-o-Velho, de 05 a 07 de Agosto, entre as 19h e as 22h.
Terminam as apresentações públicas, mas continua na próxima semana o programa de residências de criação, com a instalação na vila de dois artistas: Joana Craveiro e Xavier de Sousa lançam as bases para o desenvolvimento de novas obras, que terão estreia no próximo ano.
Foto: Miguel Ribeiro Fernandes
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