O Município de Cantanhede formalizou acordos para atribuir os últimos sete talhões das hortas comunitárias disponíveis para cultivo de um espaço de horticultura inserido numa área verde.
Segundo a autarquia, as hortas “fomentam o espirito comunitário e a apropriação qualificada do espaço público”.
Para Adérito Machado, vereador da agricultura “esta é a solução ideal para os utilizadores produzirem os seus próprios produtos, com uma qualidade de excelência, e usufruírem de frutas e legumes provenientes do seu trabalho e dedicação. Esta é também uma excelente oportunidade de, através do trabalho partilhado, fomentar os importantes laços familiares”.
O autarca salienta a “oportunidade de cimentar a microprodução de variedades regionais, em que se reutilizam e reaproveitam quase 100% dos resíduos agrícolas, tornando-os verdadeiramente saudáveis” e onde “o carinho e dedicação estão, também, na base da qualidade da produção”.
Adérito Machado, visivelmente satisfeito revelou ainda a “importância de conjugar a actividade física adjacente à actividade rural, com o indubitável e ímpar benefício de o fazer na natureza, podendo ser visto, como uma verdadeira terapia para o stress do dia-a-dia”.
As hortas comunitárias são uma iniciativa que surgiu em Junho de 2013, através de uma parceria estabelecida entre o Município de Cantanhede, a Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede e a INOVA-EEM, no âmbito da qual os munícipes podem dispor de uma parcela de terreno na cidade para cultivarem os seus próprios produtos agrícolas.
De acordo com a autarquia cantanhedense, os beneficiários das horas têm vários direitos contemplados no regulamento de utilização, designadamente a uso de um talhão para a prática de agricultura biológica; o uso comum de recursos, espaços e materiais para a prática da actividade agrícola; o esclarecimento de todas as dúvidas que surgem no decorrer da sua actividade; e o acompanhamento dos trabalhos a cargo do Gabinete de Municipal de Apoio ao Agricultor, no sentido de poderem perceber os fundamentos, os princípios e as técnicas de agricultura biológica aí praticados.
“Este projecto municipal visa sensibilizar a população para o respeito e defesa do meio ambiente, promover a qualidade de vida das populações, através de práticas agrícolas sustentáveis, potenciar o recurso a técnicas de compostagem, sensibilizar para a problemática da redução de resíduos e possibilitar o acesso à prática agrícola a quem não possui terrenos para esse efeito”, disse a Câmara Municipal.
O “Programa Comunitárias” contempla também uma forte componente educativa, apresentando em espaço próprio acções de formação sobre técnicas de agricultura biológica, manutenção de espaço público, trabalho comunitário, compostagem e promoção ambiental.
A criação e disponibilização destes espaços destinados à prática agrícola, “para além de permitirem proporcionar um importante contributo para a economia familiar, constitui também um incremento bastante forte na promoção de hábitos de consumo sustentáveis, para além do prepósito pedagógico ao promover as boas práticas agrícolas e incentivar à produção da terra e à preservação e conhecimento da Natureza”, defendeu o Executivo.
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