A Câmara Municipal de Cantanhede destinou 120 mil euros às associações desportivas para apoiar a sua actividade ao nível das despesas e entregou, ontem (26), os subsídios aos representantes das entidades beneficiárias.
Na sessão participaram a presidente do Município, Helena Teodósio; o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso; o vereador do Desporto, Adérito Machado; e a vereadora da Acção Social, Célia Simões.
“Este ano, a verba global é superior àquela que nos termos do regulamento deveria ter sido atribuída, uma vez que tendo baixado o número de pessoas envolvidas na prática desportiva, ainda assim aumentou-se em cinco mil euros o valor do montante global relativamente à época anterior”, referiu a líder do Executivo camarário cantanhedense. Isto porque “o movimento associativo foi muito afectado pelo impacto da pandemia de covid-19, pois deixou de contar com outras receitas, situação que deu origem a uma crise desportiva, conduziu a prejuízos muito consideráveis e estava a ameaçar a sua sustentabilidade”, afirmou a autarca.
Helena Teodósio considera que “a Câmara Municipal tinha de fazer alguma coisa para ajudar as associações a enfrentar estas circunstâncias tão adversas como as vividas, a partir do entendimento que é seu dever dar-lhes algum suporte, sob pena de a actividade de algumas delas ficar irremediavelmente comprometida mesmo depois desta crise sanitária. Não basta reconhecer o extraordinário trabalho das colectividades, dos dirigentes e dos outros agentes que abnegadamente se dedicam a promover a prática desportiva e o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis, contribuindo assim para a elevação dos padrões de qualidade de vida no concelho”, sublinhou.
Nos termos do regulamento aplicável, o valor global foi repartido em duas tranches, uma de 85 mil euros abrangendo a generalidade das associações e outra de 35 mil, destinada às incluídas no sub-programa de apoio ao desenvolvimento da actividade física regular. Esta repartição teve a ver com o facto de a tipologia de modalidades desportivas acarretar diferentes riscos, não só pelo número de pessoas envolvidas, mas também pelas suas características, pelo que, por uma questão de equidade, foi necessário considerá-las em conformidade com o risco de transmissão da covid-19, agrupando-as segundo critérios de alto, médio e baixo risco. De acordo com esta perspectiva, e tendo em conta que o retorno da prática desportiva federada em contexto de treino ou de competição, foi efectuado de forma faseada conforme a evolução epidemiológica covid-19 em Portugal, as associações e clubes desportivos viram a sua actividade substancialmente diminuída. Especialmente afectada foi a captação de novos praticantes desportivos para as demais modalidades desportivas, o que, com a interrupção dos quadros competitivos nos escalões de formação, reverteu num aumento da taxa desistência da prática desportiva por jovens atletas.
Foi esta constatação que esteve na base do aumento da verba destinadas ao apoio às colectividades, não obstante, à luz do regulamento em vigor, a redução da sua actividade devesse traduzir-se numa diminuição dessa verba. Tal medida configura, portanto, um apoio extraordinário para “a criação de condições favoráveis ao prosseguimento da promoção, fomento e desenvolvimento da prática desportiva federada pelas associações e clubes desportivos do concelho”, pode ler-se na proposta aprovada pelo Executivo camarário cantanhedense.
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