O Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra dá início em 27 de Novembro ao programa da sua quarta edição, intitulada Meia-Noite pelas curadoras Elfi Turpin e Filipa Oliveira.
Organizada desde 2015 pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, a Bienal apresenta pela primeira vez um programa que acontece em dois momentos e se prolonga até 2022: Meia-Noite. Parte 1, de 27 de Novembro de 2021 a 15 de Janeiro de 2022, e Meia-Noite. Parte 2, em curso entre 9 de Abril e 26 de Junho de 2022.
O Anozero’21–22 tem como curadoras convidadas Elfi Turpin e Filipa Oliveira. O título Meia-Noite parte da observação da «noite» como “espaço de fluidez e quebra de normas, lugar aberto a outras possibilidades de visão, de conhecimento, de interação, aberto a outros corpos”. Para as curadoras, “a noite” é também “um espaço que sempre foi muito contestado, e ultimamente altamente politizado”.
A partir desta ideia, Turpin e Oliveira propõem “trabalhar com outros territórios, ou metodologias que ajudam a pensar neste conceito de fluidez de pensamento que tenta desfazer e encontrar outras possibilidades para as dicotomias impostas pela cultura ocidental”. No Anozero’21–22, pretendem assim aplicar metodologias curatoriais que visam actuar, simultaneamente, como zonas de investigação: relações interpoéticas — entre diferentes espécies; depois do patriarcado — para englobar uma visão feminista interseccional; e formas alternativas de produção de conhecimento.
Meia-Noite. Parte 1 inicia-se já a 27 de Novembro com uma exposição-conversa que estará patente até 15 de Janeiro de 2022 na Sala da Cidade. A exposição apresenta uma instalação do artista Carlos Bunga (Portugal, 1976) e um programa de filmes que ambiciona explorar com a participação do público as zonas de investigação propostas: La cabeza mató a todos, de Beatriz Santiago Muñoz (Porto Rico, 1972), Les mains negatives, de Marguerite Duras (Vietname, 1914), À Bissau, le Carnaval, de Sarah Maldoror (França, 1929) e Shadow-Machine, de Elise Florenty (França, 1978) & Marcel Türkowsky (Alemanha, 1978).
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