A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) vai promover entre Janeiro e Julho de 2023 um ciclo de tertúlias para pensar o Portugal do pós-revolução de 25 de Abril de 1974. A série de debates “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?”, integrada no programa oficial de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, tem início a 5 de Janeiro, com uma tertúlia sobre demografia e ordenamento do território.
O objectivo da iniciativa é promover a discussão sobre as transformações ocorridas em Portugal, no último meio século, em diversos sectores: demografia, cidadania, juventude, cultura, comunicação social, saúde mental, envelhecimento e velhas/novas utopias.
Serão sete sessões mensais, realizadas sempre à quinta-feira, a partir das 18h00, na Sala de São Pedro (2.º piso da BGUC).
“É importante dar profundidade às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A festa deve aliar-se à reflexão e esta deve centrar-se em aspectos cruciais da vida dos portugueses e do desenvolvimento do país. Talvez não sejam os temas mais fáceis, nem mais populares, mas parecem-nos os mais necessários. Este será o nosso contributo para as celebrações, e só será possível porque, em cada tertúlia, vamos poder contar com dois convidados de altíssimo nível, que o país conhece e reconhece. Coimbra e Portugal merecem”, perspectiva o director da Biblioteca Geral da UC, João Gouveia Monteiro.
A iniciativa começa com uma conversa sobre as tendências ao nível da “Demografia e Ordenamento do território”, com Eduardo Anselmo de Castro e Diogo Abreu. Segue-se, a 9 de Fevereiro, uma tertúlia sobre “Cidadania e direitos individuais”, com Boaventura de Sousa Santos e Cristina Roldão.
No dia 9 de Março, o debate “Ser jovem em Portugal” será especialmente centrado nas questões da habitação e da precariedade laboral juvenil, com a participação de Helena Roseta e Paulo Marques. O ciclo prossegue a 13 de Abril com uma sessão sobre “Literacia, Cultura e Artes”, com Abílio Hernandez Cardoso e Maria Vlachou.
A 4 de Maio, a conversa será dedicada ao tema “Jornalismo, fake news e redes sociais”, com Joaquim Furtado e Clara Almeida Santos. A 1 de Junho debate-se “Saúde mental e envelhecimento”, com António Leuschner e Margarida Pedroso de Lima. E, para finalizar o ciclo, no dia 6 de Julho, André Barata e Manuela Cruzeiro participam numa sessão intitulada “Utopias. A Liberdade. O Tempo”: neste caso, a proposta é uma conversa sobre o imaterial e sobre a dimensão mais existencial e emocional das pessoas, num questionamento sobre quais as utopias, as expectativas, as preocupações, as lutas das gerações que atravessa(ra)m 1973 e 2023. As tertúlias terão entrada livre.
Fonte: Campeão das Províncias
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